O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) divulgou nessa sexta-feira (26/12) uma atualização sobre o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dia após a cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral, realizada no hospital DF Star, em Brasília (DF). Segundo o filho, o procedimento pós-operatório segue exigindo atenção constante da equipe médica. O parlamentar também criticou as condições de recuperação do ex-presidente, preso na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) em Brasília.
De acordo com a publicação feita por Carlos Bolsonaro no X (antigo Twitter), o ex-presidente realizou uma breve caminhada ontem, conforme orientação médica, como medida preventiva contra trombose. Ainda segundo o relato, Bolsonaro recebeu suplementação de ferro antes da cirurgia, em razão de um quadro de anemia previamente diagnosticado.
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Na atualização, o vereador voltou a destacar as limitações clínicas enfrentadas pelo pai desde o atentado a faca sofrido em 2018 durante a campanha presidencial. Segundo ele, Jair Bolsonaro não possui mais “parede abdominal funcional”, em decorrência das oito cirurgias realizadas desde então, o que aumenta o risco de surgimento de novas hérnias e de complicações associadas, caso não haja acompanhamento médico contínuo.
"Sem uma dieta devidamente regulada e com a limitação de exercícios físicos - já que no ambiente prisional que se encontra não há local adequado para a prática - sua condição clínica tende a se agravar, como ficou evidente neste último episódio", criticou.
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Carlos Bolsonaro também mencionou que o ex-presidente continua com episódios persistentes de soluço e permanece sob vigilância constante da equipe médica. Na próxima segunda-feira (29/12), os médicos vão avaliar se Bolsonaro deve ser submetido a um novo procedimento, desta vez para amenizar as crises de soluço pelas quais o ex-presidente vem passando. Essa decisão pode prolongar o tempo de internação.
Até o momento, conforme o comunicado, não houve registro de vômitos, o que reduziria o risco de broncoaspiração no pós-operatório. O parlamentar classificou o quadro como “extremamente preocupante”.
Cirurgia
A cirurgia de Jair Bolsonaro foi concluída no início da tarde de quinta-feira (25/12), dia de Natal, após cerca de três horas e meia de duração, sem intercorrências.
O ex-presidente havia sido internado na véspera para exames e preparo pré-operatório. A realização do procedimento foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após perícia da Polícia Federal indicar a necessidade da intervenção. Embora classificada como eletiva, a cirurgia foi recomendada para evitar agravamento do quadro e possíveis complicações.
A expectativa da equipe médica é de que Jair Bolsonaro permaneça internado entre cinco e sete dias. O pós-operatório inclui controle da dor, mobilização progressiva e medidas de prevenção contra trombose e problemas respiratórios.
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Condenado
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão após condenação pelo STF por tentativa de golpe de Estado. Na decisão que autorizou a internação, Alexandre de Moraes destacou que a medida não interfere na execução da pena.
