A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) visitou a superintendência regional da Polícia Federal em Brasília e classificou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma perseguição política de “extrema injustiça”, um “tapa na cara” dos brasileiros que, segundo ela, “querem Justiça e lutam pela verdade”.

A declaração ocorre no dia em que apoiadores do presidente Lula celebram a prisão com fogos de artifício e champanhe em bairros de Brasília, criando um contraste que ampliou o tom de indignação da parlamentar. Enquanto a parlamentar dava as declarações, foi atrapalhada pelo barulho. "Tem gente pra tudo mesmo", disse.

Kicis, uma das principais defensoras do projeto de anistia, afirmou que Bolsonaro não tentou violar a tornozeleira eletrônica, como apontado pelo ministro Alexandre de Moraes em sua decisão. Disse também que a saúde do ex-presidente está fragilizada e que ele estaria sendo submetido a medidas “ilegais”. “Estão colocando em risco a vida do presidente, que é um homem inocente”, declarou.

A deputada argumentou que já houve casos em que supostas violações de tornozeleiras se mostraram apenas falhas técnicas. Ressaltou que Bolsonaro poderia ter deixado o país, mas optou por permanecer no Brasil. “Ele sempre falou: não vou sair daqui, vou ficar aqui e lutar aqui dentro”, disse.

Kicis afirmou ainda que o processo contra Bolsonaro seria “o verdadeiro golpe” e negou qualquer relação entre a prisão e a recente fuga do deputado Alexandre Ramagem para os Estados Unidos. Para ela, Ramagem também seria alvo de perseguição política.

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Indignada, encerrou a declaração com apoio explícito ao ex-presidente: “Bolsonaro, estamos contigo. Não vamos te abandonar. É um tapa na cara”.

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