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Israel x Irã: saiba quando Damião, prefeito de BH, chega à capital mineira

O retorno ocorre após o gestor deixar a Arábia Saudita na manhã desta terça-feira (17), em um voo fretado pelo deputado federal Mersinho Lucena (PP)

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Depois de dias imerso em um cenário de guerra, bunkers e incertezas diplomáticas, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), está a caminho de casa. A chegada à capital mineira está prevista para a madrugada desta quarta-feira (18/6), marcando o fim de uma jornada que se iniciou com uma missão institucional e terminou em uma operação de evacuação pelo deserto do Oriente Médio. O retorno ocorre após o gestor deixar a Arábia Saudita na manhã desta terça-feira (17), às 9h30 no horário local (3h30 em Brasília), em um voo fretado articulado por um deputado federal.

A operação de retorno foi coordenada pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e por seu filho, o deputado federal Emerson “Mersinho” Lucena (PP), que foi até o local para resgatar o pai. O destino final do voo é João Pessoa (PB), de onde Damião deve seguir para Belo Horizonte ainda hoje.

“Saindo da Arábia Saudita (9:30). Obrigado ao governo brasileiro, de Israel, Jordânia, Arábia Saudita e a todos pelas manifestações de carinho! Em breve, possivelmente já nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, se Deus quiser”, escreveu Damião nas redes sociais.

Avião de Álvaro Damião deixa a europa. Imagens coletadas às 16:50
Avião de Álvaro Damião deixa a europa. Imagens coletadas às 16:50 flightradar24/reprodução

Além do prefeito da capital mineira, embarcaram no jatinho o secretário de Segurança Pública de BH, Márcio Lobato; a vice-prefeita de Divinópolis, Janete Aparecida (Avante); o tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Francisco Nélio; o prefeito de Macaé (RJ), Welberth Porto (Cidadania); a vice-prefeita de Goiânia (GO), Cláudia da Silva (Avante); o prefeito de Nova Friburgo (RJ), Johnny Maycon (PL); e o secretário de Planejamento de Natal (RN), Francisco Vagner — além de Cícero e Mersinho Lucena.

O Estado de Minas apurou a rota do avião utilizado pelos gestores brasileiros por meio da plataforma FlightRadar24, especializada no monitoramento em tempo real de voos comerciais e particulares em todo o mundo. A aeronave decolou de Tabuk, na Arábia Saudita, e seguiu em direção ao Brasil com previsão de pouso em João Pessoa (PB), ponto final da viagem e base do prefeito Cícero. De lá, os passageiros seguirão para seus respectivos destinos. A ferramenta permitiu acompanhar o trajeto completo e confirmar o plano de voo, reforçando a segurança da operação e a estimativa de chegada a Belo Horizonte.

 

Como a aeronave comporta até dez passageiros, outros três representantes da comitiva que também conseguiram deixar Israel seguiram viagem ao Brasil em voo comercial, com escala em Doha, no Catar, e destino ao Rio de Janeiro. São eles: o vereador carioca Flávio Guimarães; o chefe executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas), Davi de Matos; e o secretário de Segurança Pública de Niterói, Gilson Chagas.

A delegação brasileira chegou a Israel no início da semana passada para uma agenda técnica voltada à troca de experiências em segurança pública e inovação tecnológica. A missão, no entanto, foi abruptamente interrompida pela escalada do conflito entre Israel e Irã. Sirenes de ataque aéreo chegaram a tocar em Tel Aviv e outras regiões, forçando os integrantes da comitiva a buscar abrigo em bunkers.

Sem acesso ao evento programado, os prefeitos, vices e secretários brasileiros ficaram confinados em hotéis, à espera de uma saída segura. A travessia por terra rumo à Jordânia só foi possível na madrugada de segunda-feira (16), quando doze representantes conseguiram cruzar a fronteira em uma operação considerada delicada. De Amã, a comitiva seguiu para a cidade de Tabuk, na Arábia Saudita, onde aguardaram a decolagem do voo fretado.

Seis membros da delegação ainda permanecem em Israel. Entre eles está o vice-prefeito de Uberlândia, Vanderlei Pelizer (PL), que decidiu não embarcar rumo à Jordânia com o restante do grupo por considerar a travessia insegura. Ele permanece em território israelense, com acompanhamento da Embaixada do Brasil.

Durante os dias no Oriente Médio, Álvaro Damião enviou mensagens e áudios ao EM, relatando momentos de apreensão e expectativa. “Foram dias de muita incerteza, de rezar mesmo. A gente foi pra uma missão institucional e acabou entrando no meio de um conflito”, descreveu o prefeito.

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Agora, com a chegada prevista a Belo Horizonte, ele encerra uma viagem que, apesar dos objetivos técnicos e diplomáticos, acabou se transformando em uma experiência extrema com tensão política, rotas improvisadas e um retorno negociado em múltiplas frentes. “Só quero chegar. Estar com minha família e poder respirar tranquilo”, resumiu Damião na última segunda-feira.

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