Marcelo Aro: 'Vejo em Fuad abertura para diálogo com a Câmara Municipal'
Secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP) quer levar o seu grupo de volta ao controle da Câmara de BH e aposta no vereador Juliano Lopes (Podemos)
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O secretário de Estado da Casa Civil do governo Zema (Novo), Marcelo Aro (PP), um dos principais articuladores dentro da Câmara Municipal de Belo Horizonte, demonstrou boas expectativas para a próxima legislatura da capital mineira. Líder do grupo chamado de “Família Aro”, a principal coalizão dentro do Legislativo da capital, o secretário disse em entrevista ao Estado de Minas que os vereadores precisam de diálogo com a prefeitura, e espera uma aproximação da gestão do prefeito Fuad Noman (PSD).
“Acho que o diálogo com o Executivo é fundamental, e vejo por parte do prefeito Fuad Noman essa abertura para o diálogo com a Câmara Municipal. Infelizmente nós vivemos tempos recentes onde o presidente da Câmara só queria brigar com o prefeito de Belo Horizonte”, disse Aro em referência ao vereador Gabriel Azevedo (MDB), com quem protagonizou uma disputa pelo comando da Câmara em 2023.
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Após uma tentativa de cassação do mandato de Azevedo, Aro e seu grupo tentam retomar a presidência da Câmara de BH, espaço que recentemente ocuparam com a deputada federal Nely Aquino (Podemos). Com o nome do vereador Juliano Lopes (Podemos), atual primeiro vice-presidente, na disputa, o secretário se disse confiante com a vitória. “Caso seja eleito, ele vai dar muito orgulho pro povo de Belo Horizonte”, exclamou.
Eleitos diplomados e agora aguardando a posse no dia primeiro, qual a expectativa do senhor para essa nova composição da Câmara Municipal de Belo Horizonte?
A minha expectativa é a melhor possível. É uma Câmara Municipal muito plural, a gente viu na diplomação que ela representa todos os segmentos da sociedade. A gente viu pelas próprias manifestações que vão desde vereadores da direita até a esquerda, pegando também aqueles que representam o centro, então a expectativa é muito boa.
Os vereadores desta legislatura são muito competentes, habilidosos, e que conhecem, sabem os verdadeiros problemas da cidade. Eu tenho certeza que quem vai sair ganhando, é a cidade de Belo Horizonte.
Agora, além da posse no dia primeiro temos também a eleição da mesa diretora. Por parte do seu grupo, o candidato para presidência da casa é o vereador Juliano Lopes. Como o senhor observa a possibilidade de alguém concorrer contra ele?
Com muita naturalidade. Na Câmara, os 41 vereadores eleitos têm competência e representatividade para pleitearem o cargo de presidente, e vai ganhar aquele que conseguir construir maioria. Acredito eu que o Juliano Lopes conseguiu e conseguirá no dia primeiro de janeiro demonstrar que ele tem a maioria dos votos para presidir a Câmara Municipal. Eu conheço o Juliano Lopes, sei da seriedade dele, da idoneidade e retidão dele, tenho certeza que, caso seja eleito, ele vai dar muito orgulho pro povo de Belo Horizonte.
Então acredito que as coisas tendem para que o Juliano seja eleito e tomara que seja eleito pela unanimidade dos votos, seria um belo gesto a casa inteira apoiando a candidatura dele. Se não for possível e outro candidato colocar o seu nome, aí vamos ter uma disputa de votos, mas eu tenho confiança que o Juliano vai sair como vencedor.
Como o senhor avalia a possível candidatura do líder de governo, o vereador Bruno Miranda (PDT)?
É legítimo, né? Ele tem que construir a maioria dos votos, então ele ainda tem alguns dias para tentar construir essa maioria.
Se Juliano Lopes for eleito, qual é o principal desafio que o presidente da Câmara Municipal vai enfrentar nos próximos quatro anos?
Nós precisamos de uma Câmara Municipal que de fato represente o anseio da população, que saiba escutar a voz da nossa população, saiba escutar as ruas. É muito importante termos uma Câmara Municipal que dialogue, que faça audiências públicas, em que os vereadores visitem os bairros de Belo Horizonte, ouçam e possam ser a voz deles no parlamento.
Também acredito que a Câmara Municipal tem um papel importantíssimo de diálogo com o poder Executivo, porque o vereador é aquele que tem contato direto com a população e é aquele que pode ir na prefeitura e falar: ‘olha, prefeito, vamos por esse caminho porque é o que as pessoas estão querendo, essa é a necessidade das pessoas’.
Acho que o diálogo com o Executivo é fundamental, e vejo por parte do prefeito Fuad Noman essa abertura para o diálogo com a Câmara Municipal. Infelizmente nós vivemos tempos recentes onde o presidente da Câmara só queria brigar com o prefeito de Belo Horizonte, ele tinha um projeto pessoal de poder e quem saiu por baixo com isso tudo foi cada cidadão belo-horizontino. Eu tenho certeza que no novo mandato que se iniciará, com a qualidade dos vereadores que agora foram eleitos, isso não vai acontecer.
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Os vereadores, mesmo aqueles que não concordam, ou não caminham com o prefeito Fuad, demonstraram serem pessoas completamente solícitas e abertas ao diálogo, isso eu acho que é muito importante.