APOSTAS

Reginaldo Lopes sobre bets: "Estou realmente radicalizado nesse ponto"

"Proteger as famílias não é escolher o modelo de família, mas sim preservar seu poder de compra", defendeu o parlamentar em entrevista ao Estado de Minas

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Voz atuante pela regulamentação das apostas e jogos online no Congresso Nacional, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou ter uma postura radical para reverter o impacto das chamadas bets no orçamento das famílias brasileiras. Em entrevista ao Estado de Minas nesta terça-feira (22/10), o parlamentar disse que o governo federal errou ao não ter se atentado para o poder das propagandas desse serviço.

“Nós erramos. Deveríamos ter regulamentado as apostas e controlado a propaganda. Subestimamos a capacidade de publicidade das casas de apostas, e isso está tirando mais de 1,5% do PIB. A economia poderia crescer mais de 3% de maneira extraordinária. Ninguém esperava que pudesse crescer mais de 4%, mas estamos tirando dinheiro da mesa do povo, comprometendo a alimentação das famílias para enviá-lo a paraísos fiscais. Portanto, não podemos admitir em hipótese alguma o uso de cartões de crédito, pois é uma agiotagem com juros de 400%. Não podemos permitir que R$ 40 bilhões continuem sendo desviados, já que foram R$ 3 bilhões apenas em agosto com o Bolsa Família”, disse o deputado.

O parlamentar ainda afirmou que regulamentar as apostas no Brasil é defender de fato as famílias. Para o petista, o vício em jogos de azar e o uso do cartão de crédito e recursos de programas como o Bolsa Família neste tipo de serviço compromete a capacidade de compra dos mais pobres no país.



"Precisamos parar com essa jogatina. Estou realmente radicalizado nesse ponto. Quero proteger as famílias e proteger as famílias não é escolher o modelo de família, mas sim preservar seu poder de compra, sua renda e seu emprego, sem permitir que sofram preconceito. Nessa perspectiva, considero-me um defensor das famílias brasileiras, pois enfrentei esse debate com coerência. Até então, o tamanho do desastre das apostas nas rendas populares e no consumo no supermercado e restaurantes ainda não era público. Na reforma tributária, incluímos um imposto seletivo sobre as apostas, pois entendemos que é necessário inibir o consumo desse produto que causa problemas de saúde coletiva, vícios e questões de saúde mental", concluiu.

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