Presidente afirma que plantou sementes na política e aponta para Nikolas Ferreira -  (crédito: Silas Malafaia/YouTube)

Presidente afirma que plantou sementes na política e aponta para Nikolas Ferreira

crédito: Silas Malafaia/YouTube

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (21/04) que corre riscos, mas que não é para seus apoiadores “desanimarem”, já que em seu mandato foi plantado “sementes”, se referindo aos jovens parlamentares do Partido Liberal. Em manifestação na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o antigo mandatário estava cercado por apoiadores como o pastor Silas Malafaia e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

 

Bolsonaro disse que poderia ter ficado nos Estados Unidos, país para o qual se dirigiu dias antes de passar o cargo para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estaria muito bem de vida, mas não poderia abandonar vocês, abandonar o meu Brasil. Riscos eu corro, mas só podem fazer uma maldade comigo na covardia”, disse o ex-presidente.

 

 

Ele ainda pontuou que é muito bem recebido pelo Brasil, mas o “sistema que começa a ser desnudado”, quer “terminar o que aconteceu em Juiz de Fora (MG)”, se referindo ao atentado sofrido durante a campanha eleitoral de 2018. Na época, Bolsonaro sofreu uma facada durante um ato de campanha.

 

“Ao sistema interessa nos colocar fora de combate em definitivo, mas nós temos duas coisas do nosso lado: a maioria do povo brasileiro e nosso bom Deus. Ao longo do nosso mandato plantamos sementes na política. O outro lado não tem ninguém, além do próprio que está afundando o nosso governo. Aqui mesmo eu vejo o deputado Zucco, Nikolas [Ferreira], [Gustavo] Gayer, meus filhos”, emendou o ex-presidente.

 

Segundo Bolsonaro, esses nomes podem continuar o seu “legado” político, mesmo com sua inelegibilidade por 8 anos declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele também aproveitou o ato para questionar e ironizar os julgamentos da Justiça Eleitoral.

 

 

O ex-presidente foi considerado inelegível por abuso de poder político e econômico em 2022, por causa da realização de uma reunião com embaixadores onde fez uma série de ataques ao sistema eleitoral e à corte. “Não me reuni com traficante do Morro do Alemão”, disse.

 

Em outro julgamento, Bolsonaro também foi condenado pelo uso eleitoral do 7 de setembro de 2022, feriado da Independência, onde a Corte julgou que ele usou do feriado e de aparelhagem estatal para fazer campanha. Na época, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse que o antigo mandatário instrumentalizou a data e a transformou em um “showmício”.

 

Bolsonaro ainda havia discursado no feriado ao lado do empresário Luciano Hang, que eventualmente também foi considerado inelegível pelo TSE. “Não coloquei ao meu lado, nem dentro de ministério, a dama do tráfico do estado do Amazonas”, disse o ex-presidente.