Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou a escolha das chefias de comissões de Educação e CCJ -  (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou a escolha das chefias de comissões de Educação e CCJ

crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann defendeu o acordo que a legenda fez com o Partido Liberal (PL) para a composição das presidências de comissões da Câmara dos Deputados. Nessa quarta-feira (6/3), a sigla de Jair Bolsonaro (PL) indicou o deputado Nikolas Ferreira para comandar a Comissão de Educação, além da deputada Caroline De Toni na chefia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

“Sobre a escolha dos presidentes das comissões na Câmara, é preciso dizer que nada tem a ver com o governo. Lidamos com quem a população elege, levando em conta o tamanho das bancadas. Assim como o PT presidiu a CCJ no ano passado, sendo a segunda maior bancada, a alternância mediante acordos tem que acontecer”, disse.

Por outro lado, a petista rechaçou a escolha dos nomes do PL, dizendo que “depõe contra a própria Câmara”. “Também é preciso dizer que o desfecho de ontem foi muito ruim. O PL indicou gente radical demais, desrespeitosa pra CCJ e mal-educada, como o deputado pra presidir a comissão da Educação”, completou.

Nikolas e Caroline vão presidir duas das mais importantes comissões da Câmara dos Deputados, mesmo com alas do centrão e a base governista defendendo escolhas mais pacíficas. Os parlamentares escolhidos são aliados de primeira hora do ex-presidente Bolsonaro e considerados do núcleo linha-dura do bolsonarismo e defendem pautas ideológicas caras ao eleitorado do antigo mandatário.

 

Por possuírem as maiores bancadas, PT e PL possuem a preferência na hora de escolher a presidência das principais comissões. Em 2023, a CCJ foi chefiada pelo histórico petista Rui Falcão (PT-SP), enquanto a educação teve como presidente o deputado Moses Rodrigues (União-CE).

 

Nikolas prega respeito aos partidos

 

Em nota, Nikolas Ferreira afirmou que a comissão de Educação vai debater assuntos importantes e complexos, como o Plano Nacional de Educação (PNE) e a segurança nas escolas. O parlamentar mineiro também afirmou que, “apesar de algumas críticas”, vai respeitar os partidos e membros que compõem o colegiado.

 

“As relatorias serão divididas pela proporcionalidade da comissão e a pauta será definida por consenso, diferentemente do que vivi como titular na Comissão de Direitos Humanos, sob a presidência de uma Deputada do PT”, disse o parlamentar.

 

“Estou comprometido em trabalhar com a comissão para que a educação no Brasil seja um alicerce sólido para o desenvolvimento de uma sociedade justa e próspera”, frisou.