TRISTEZA

Bebê dado como morto e quase enterrado vivo morre no Acre

Polícia Civil afirmou que investiga suspeita de negligência e não afasta hipótese de tipificar o caso como homicídio culposo

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Morreu na noite deste domingo (26/10) o recém-nascido que havia sido declarado morto por um hospital de Rio Branco, no Acre, mas foi descoberto vivo por familiares pouco antes do sepultamento.

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A criança nasceu com prematuridade extrema, segundo a secretaria de Saúde do estado, e estava internada desde sábado (25/10).

O recém-nascido, de 24 semanas, estava sem sinais vitais após o parto normal, que ocorreu na noite de sexta-feira (24/10) na maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. O sepultamento foi preparado e ele estava sendo velado quando a família percebeu que estava vivo, 12 horas após a declaração de óbito.

Ele foi internado após a descoberta. Segundo a pasta da Saúde, o recém-nascido morreu "em decorrência de um quadro de choque séptico e sepse neonatal".

A equipe médica responsável pela verificação do óbito foi afastada. O Ministério Público do Acre cobrou explicações à Secretaria de Saúde.

"Todos os esforços possíveis foram realizados para garantir o melhor cuidado e suporte durante todo o período de internação. Reforçamos que, devido à prematuridade extrema do bebê, a transferência para outra unidade não chegou a ser cogitada pela equipe médica, diante do alto risco de agravamento do quadro", diz nota assinada pela secretaria de Saúde e pela maternidade.

A Secretaria de Saúde afirma ter instaurado uma apuração interna para esclarecer os fatos.

Nesta segunda (27/10), a Polícia Civil do estado afirmou que investiga suspeita de negligência e não afasta hipótese de tipificar o caso como homicídio culposo, sem intenção de matar. Os agentes pontuam, no entanto, que a investigação está no início.

No sábado, a polícia coletou o prontuário, ouviu depoimentos de familiares e agora tenta identificar quem teve acesso ao caso, para convocar novas testemunhas.

"São duas fases: [saber] se os protocolos foram cumpridos e a questão da causa da morte, especialmente depois das 12 horas em que essa criança ficou no necrotério, dada como morta", afirmou o delegado Alcino Sousa Júnior.

O Ministério Público do Estado do Acre enviou um ofício nesse sábado (25/10) à Secretaria de Estado de Saúde e à Maternidade Bárbara Heliodora requisitando informações sobre o caso.

A Promotoria disse que atua para "garantir que todas as circunstâncias sejam devidamente esclarecidas, bem como para apurar responsabilidades e adotar as medidas cabíveis".

Ítalo Maia, diretor do IML (Instituto Médico Legal) de Rio Branco, afirmou que o caso tem características similares às da "síndrome de Lázaro", fenômeno biológico de autorressuscitação, considerado raro. O diretor disse, contudo, que ainda é cedo para a investigação apontar o diagnóstico do que ocorreu.

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"A síndrome de Lázaro tem algumas especificações que se enquadram nesse relato médico. Ela ocorre em situações em que pessoas acabam de ser reanimadas. Ela passa por um procedimento de reanimação, é declarada morta, mas minutos depois pode fazer, digamos, uma autorressuscitação. Esses sinais vitais podem ser num nível tão discreto que, às vezes, pode não ser percebido", afirmou.

"Mas é um caso de prematuro extremo. Mesmo a criança tendo recebido assistência, o risco de óbito é muito grande."

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