FORAGIDOS

Detentos aplicam golpe e fogem de presídio em BH

Um dos alvos da Operação Veredicto Sombrio usou alvará falso para deixar o Ceresp Gameleira

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Quatro detentos fugiram do Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, no último sábado (20/12), após a apresentação de documentos judiciais fraudulentos que autorizaram a saída da unidade prisional. O Tribunal de Justiça (TJMG) informou que as forças de segurança foram mobilizadas para a recaptura. Um dos fugitivos já foi recapturado, enquanto os outros três seguem foragidos.

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Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Ricardo Lopes de Araújo, Wanderson Henrique Lucena Salomão, Nikolas Henrique de Paiva Silva e Júnio Cezar Souza Silva deixaram o Ceresp Gameleira escaparam da unidade.

 

Segundo o orgão, Júnio Cezar Souza Silva foi recapturado na noite dessa segunda-feira (22/12), e os demais estão foragidos. Mandados de prisão já foram expedidos contra todos os envolvidos.

Entre os foragidos está Ricardo Lopes de Araújo, de 32 anos, conhecido como “Dom”, que havia sido preso no início de dezembro durante a Operação Veredicto Sombrio, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais. Ele é apontado como integrante de uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra sistemas judiciais.

Fontes ligadas à apuração informaram que a fuga ocorreu com o uso de alvarás de soltura falsificados, que teriam beneficiado mais de um detento da mesma cela. A saída irregular só foi detectada após a verificação da autenticidade das ordens judiciais.

Em nota, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais afirmou que todas as ordens judiciais fraudulentas foram identificadas e canceladas em menos de 24 horas, com a imediata restauração dos mandados de prisão.

“Foram instaurados procedimentos internos e realizados os encaminhamentos para investigação criminal. Os órgãos de segurança estadual e federal foram acionados, e não serão medidos esforços para a recaptura dos foragidos”, informou o TJMG. O Tribunal também reforçou a confiança nos sistemas judiciais administrados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e afirmou manter vigilância constante para evitar novas tentativas de fraude.

Operação Veredicto Sombrio

A Operação Veredicto Sombrio foi deflagrada no dia 10 de dezembro e resultou na prisão de nove pessoas em Belo Horizonte, Sete Lagoas e Jacutinga, além do cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão.

As investigações são conduzidas pela 3ª Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e tiveram início após o Serviço de Inteligência do Ministério Público de Minas Gerais identificar acessos irregulares aos sistemas do CNJ, inclusive com o uso indevido de credenciais vinculadas a magistrados. A Corregedoria-Geral da Justiça de Minas Gerais também acompanha o caso. 

De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa atuava principalmente em três frentes:

  • bloqueio e desbloqueio fraudulento de veículos;

  • manipulação de valores apreendidos pelo Estado;

  • inclusão e retirada ilegal de mandados de prisão e alvarás de soltura.

Durante a operação, foram bloqueados cerca de R$ 40 milhões, além da apreensão de três veículos, sendo dois de luxo, joias, computadores e celulares. Também foram bloqueados US$ 180 mil em criptomoedas. Segundo o delegado Álvaro Huertas, a organização era formada, em sua maioria, por pessoas jovens com domínio de tecnologia. “Eles se acostumaram a lidar com computadores, internet e redes sociais e passaram a explorar esse conhecimento para fraudar sistemas oficiais”, disse.

Ainda conforme as investigações, o grupo também aplicava golpes como o de falso advogado, utilizando dados públicos de processos judiciais para enganar vítimas, principalmente de classe média e média alta.

As forças de segurança atuam de forma integrada para localizar os três foragidos remanescentes. Informações que possam contribuir para a localização dos suspeitos podem ser repassadas, de forma anônima e segura, por meio do Disque-Denúncia Unificado 181.

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*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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