Viaduto de Belo Horizonte passa a chamar Sargento Roger Dias
Ação é homenagem ao sargento morto em abordagem policial em janeiro de 2024
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Siga noO viaduto no cruzamento das avenidas Waldomiro Lobo e Cristiano Machado, no bairro Guarani, Região Norte de Belo Horizonte, passa a se chamar Sargento Roger Dias em homenagem ao policial morto em abordagem em janeiro de 2024.
A decisão foi publicada na manhã desta quarta-feira (18/6) Diário Oficial do Município (DOM) e assinada pelo prefeito em exercício, Juliano Lopes.
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Sargento Dias
O sargento Roger integrava um grupo de militares que foi ao Bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte da capital, à procura dos dois homens após recebimento de denúncia de roubo de veículo. A dupla havia sido beneficiada com a saidinha de fim de ano e não retornou à prisão.
A PM montou operação na Avenida Risoleta Neves, próximo ao Minas Shopping, quando visualizaram o carro denunciado com dois indivíduos no interior. Os agentes deram ordem de parada para o motorista, que ignorou e fugiu em alta velocidade. Os militares montaram operação de cerco e bloqueio na região e posicionaram a viatura na rua Trinta e Nove.
Minutos depois, o carro ocupado pela dupla foi visualizado pela PM, que deu nova ordem de parada e foi novamente ignorada. Durante a nova tentativa de fuga, o condutor desviou da viatura na rua e colidiu com uma motocicleta.
O condutor da moto foi arremessado para fora da motocicleta e caiu no capô do carro ocupado pela dupla. O acusado continuou acelerando o veículo e apenas parou quando perdeu o controle da direção e bateu em um poste. O motociclista foi socorrido e encaminhado para o Hospital Risoleta Neves.
Depois do impacto, Geovanni Faria De Carvalho e Welbert De Souza Fagundes desembarcaram do veículo e fugiram pela avenida no sentido Santa Luzia. Durante a perseguição, o acusado Welbert atirou duas vezes contra o Sargento Roger Dias na cabeça. Outro militar continuou a perseguição, cercou Welbert e atirou contra ele.
Welbert e o sargento Dias foram levados para o Hospital Risoleta Neves, mas o militar morreu alguns dias depois.
Júri adiado
Geovanni Faria De Carvalho responde por tentativa de homicídio contra quatro policiais e tentativa de homicídio contra um motociclista no dia do fato. Welbert De Souza Fagundes, acusado de atirar e matar o sargento Dias, também responde pelo crime. Porém, o processo de Welbert foi desmembrado e será julgado em audiência diferente.
O julgamento de Geovanni Faria De Carvalho, marcado para a última quinta-feira (12/6), foi adiado para o dia 14 de agosto porque os policiais militares vítimas da ação não compareceram ao julgamento. Segundo informações do Fórum Lafayette, a Justiça requisitou a presença dos servidores públicos diretamente ao superior hierárquico da Polícia Militar, mas os militares não foram comunicados internamente pelo comando da PM sobre o júri.
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Em nota, a Polícia Militar informou que nem a Unidade, nem os policiais envolvidos foram devidamente notificados por meio do e-mail institucional. Dessa forma, a ausência dos militares na referida audiência se deu unicamente pela falta de notificação oficial, o que inviabilizou o comparecimento em juízo para prestar depoimento.