
Morte do sargento Roger: perícia afasta hipótese de insanidade do suspeito
A investigação foi feita com base no exame da perícia do Instituto Médico Legal (IML)
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Siga noWelbert de Souza Fagundes, de 25 anos, suspeito de matar, com um tiro, o sargento Roger Dias da Cunha, da Polícia Militar (PMMG), em janeiro do ano passado, não tem problemas psicológicos. Essa foi a conclusão do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) divulgada pela Polícia Civil (PCMG) nesta sexta-feira (17/1). O inquérito foi concluído e remetido à Justiça.
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A investigação foi feita com base no exame da perícia do Instituto Médico Legal (IML). O relatório concluiu que Welbert tinha preservação das capacidades de entendimento e determinação em relação, ou seja, pleno conhecimento de seus atos.
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O laudo diz que Welbert foi examinado no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, na Região do Campo das Vertentes, e que ele teria tentado fingir um problema mental para escapar da acusação de homicídio. A conclusão cita ainda que houve uma tentativa de manipulação do exame.
A defesa de Welbert alegou, em novembro de 2024, que ele teria sofrido uma suposta crise mental durante um atendimento médico no hospital. Na ocasião, ele quebrou um consultório e tentou jogar um computador contra um dos médicos.
O resultado do exame, porém, foi claro: “Os peritos concluem que havia preservação das capacidades de entendimento e determinação, em relação aos fatos e em conexão com ele”.
O crime
O sargento Roger, junto a outros militares, perseguia um Uno que tinha sido roubado. Em determinado momento, o fugitivo perdeu o controle do carro e bateu no meio-fio. Os ocupantes do veículo, dois homens, fugiram a pé. Os policiais se dividiram: cada um foi atrás de um dos ladrões.
O sargento Roger chegou a se aproximar do homem de 25 anos. Nesse instante, deu ordem para que o fugitivo parasse e se deitasse. O homem, que estava de costas, teria se virado, apontado uma arma para o policial e feito o disparo.
O militar caiu no chão. O homem atirou mais uma vez, atingindo a perna do sargento. Antes de desmaiar, o policial atirou na direção do seu agressor, atingindo ele nas pernas.
Ao ouvir os disparos, os outros policiais correram em direção ao local de onde vinha o barulho e lá prenderam o suspeito, que foi levado para o Hospital Risoleta Neves.
Condenado
Welbert estava preso no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, desde 24 de agosto de 2023. Ele teve o benefício da “saidinha” concedido em dezembro e deveria ter retornado ao presídio no dia 23 de dezembro. Passou a ser considerado foragido da Justiça. O suspeito tinha 18 passagens policiais por crimes como roubo, tráfico de drogas, falsidade ideológica e agressão.
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