NORTE DE MINAS

PF desmonta quadrilha do roubo de cargas vendidas pela internet na BR-251

Grupo de criminoso tinha como alvo caminhões dos Correios e do Mercado Livre; bandidos usavam bombas incendiárias para interditar a rodovia e cometer os crimes

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (17/6), uma operação na BR-251, no Norte do estado, na divisa com a Bahia, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada no roubo de cargas vendidas pelo e-commerce. 

De acordo com a PF, as cargas eram  transportadas por caminhões dos Correios e do Mercado Livre, empresa especializada no comércio pela internet. A investigação também apontou que o grupo criminoso era altamente sofisticado e chegava a usar até bombas incendiárias para interromper o trânsito na rodovia, obrigando os motoristas dos veículos de carga a parar. A quadrilha também contava com uma espécie de “centro de distribuição” dos produtos roubados.

Ainda segundo a PF, os roubos de cargas eram cometidos, especialmente, no trecho da rodovia entre o Km 202 e o km 365. Foram cumpridos sete mandados de busca apreensão e intimidações judiciais nos municípios de Cachoeira do Pajeú e Santa Cruz de Salinas, em Minas Gerais; e de Barra do Choça, na Bahia.

As investigações foram iniciadas no ano passado após uma série de roubos de caminhões dos Correios e do Mercado Livre que transportavam produtos de alto valor, sobretudo, aparelhos celulares (smartphones) e equipamentos eletrônicos.

Por meio de interceptações telefônicas e telemáticas autorizadas judicialmente, a Polícia Federal descobriu que as cargas roubadas eram levadas para o distrito de Águas Altas, na zona rural de Cachoeira do Pajeú, O local, possivelmente, passou a funcionar como ponto de recepção e “centro de distribuição” dos produtos roubados.

Por isso, a operação foi denominada “Carga D'água”. A ação conta com a participação de 40 policiais federais e agentes, além do apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Grupo sofisticado

De acordo com a PF, os indícios colhidos durante a investigação revelaram a existência de um grupo altamente estruturado e articulado, com divisão de funções, planejamento logístico e uso de técnicas para dificultar a ação dos órgãos de segurança.

O modus operandi apontou elevado grau de sofisticação, com uso de balaclavas (mascaras para esconder o rosto), luvas, blusas de manga longa para ocultar tatuagens, lanternas de alta potência, rádios comunicadores. Foi descoberto que a organização criminosa usava até bombas incendiárias para interditar vias e obrigar motoristas a parar.

Ainda conforme a Polícia Federal, em uma das ações registradas em vídeo, os criminosos atearam fogo na rodovia, usaram luz intensa para desorientar o condutor, conduziram a carreta para uma estrada vicinal e saquearam seletivamente a carga, demonstrando conhecimento prévio sobre os produtos transportados.

Os autores utilizavam armamento variado, incluindo pistolas, revólver calibre 38 e espingardas calibre 12, além de ampla variedade de carros, caminhonetes, vans, furgões e até guinchos, ampliando a capacidade de execução e fuga.

O material apreendido será submetido à perícia e as investigações prosseguirão com a análise dos dados obtidos. Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, roubo qualificado e receptação, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

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Depósito clandestino de combustíveis

Durante o trabalho policial, na manhã desta terça-feira, foi descoberto um depósito clandestino de combustíveis em um local ao lado da BR 251, no município de Santa Cruz de Salinas. No local foram encontrados 2 mil litros de óleo de motor e cerca de 400 mil litros de óleo diesel.

A suspeita é que os combustíveis teriam sido desviados por caminhoneiros para a venda ilegal para moradores da região. Mas, sem relação direta com o roubo de cargas.

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