O número de pessoas desalojadas em decorrência das chuvas em Minas Gerais mais que triplicou no período de um mês. É o que mostra boletim da Defesa Civil estadual divulgado nesta quinta-feira (30/1).
Segundo o órgão, hoje o estado contabiliza 3.580 pessoas desalojadas, enquanto há um mês, em 30 de janeiro, 1.139 pessoas estavam nesta situação. Desde 27 de setembro, data que marca o início do período chuvoso, essa quantidade de pessoas precisaram sair de seus domicílios e se abrigar em casa de familiares ou amigos.
Entre as cidades mineiras com maior número de desalojados estão Espinosa, no Norte do estado, com 1.023; Santana do Paraíso, no Vale do Aço, com 528; e Ipatinga, também no Vale do Aço, com 144.
Na quarta-feira (29) uma pessoa ficou desalojada em Ouro Fino, no Sul de Minas, depois que chuvas intensas atingiram o município. De acordo com a Defesa Civil, ela foi encaminhada para a casa de familiares até que houvesse a liberação do aluguel social.
Na cidade foram registradas enxurradas e o solo ficou encharcado, o que causou a interdição da ponte que liga o bairro Santa Rita ao Cata, na zona urbana.
Neste período, 421 pessoas ficaram desabrigadas em razão das chuvas desde o início do período chuvoso em todo o estado. Todas elas precisaram de abrigo público ou habitação temporária em função de danos ou ameaça de danos em seus domicílios.
Ainda nestes quatro meses, 26 pessoas perderam a vida em intercorrências causadas pelas águas da chuva. Dez pessoas morreram em Ipatinga, três perderam a vida em Ipanema e outras duas morreram em Raul Soares, enquanto os municípios de Uberlândia, Maripá de Minas, Coronel Pacheco, Nepomuceno, Capinópolis, Alterosa, Carangola, Tombos, Santana do Paraíso, Glaucilândia e Serro tiveram uma vítima cada.
Anormalidade
Também conforme registros da Defesa Civil, 135 municípios estão em situação de anormalidade. No último dia 30, o número era de apenas 35. Dentre as razões para o decreto de situação de emergência ou estado de calamidade pública estão tempestades locais, deslizamento de solo e/ou rocha, além de alagamentos.
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Ontem, Guanhães, no Vale do Rio Doce, decretou situação de emergência até julho deste ano depois que o município registrou chuvas intensas. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura municipal, mas não obteve retorno até o momento da publicação.