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INTERIOR DE MINAS

Mãe denuncia escola por negligência após filha ser mordida várias vezes

As mordidas foram provocadas por um outro aluno enquanto a cuidadora responsável se ausentou

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Uma escola particular de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, foi denunciada por negligência após uma das alunas, um bebê de um ano, sofrer várias mordidas na última sexta-feira (17/1). O caso foi exposto pela mãe da menina, Sandra Melo, e repercutiu nessa quarta-feira (22/1).

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As mordidas foram provocadas por um outro aluno enquanto a cuidadora responsável se ausentou. Logo após o ocorrido, a direção da escola fez contato com a mãe.

“A dona da escola me ligou e informou que minha filha havia sido mordida. No mesmo áudio do WhatsApp, também disse que ela havia caído do escorregador no parquinho. Fiquei preocupada e decidi buscá-la imediatamente”, contou Sandra.

Descoberta de várias mordidas

Ao buscar a filha, Sandra percebeu que a situação era mais grave do que o informado pela escola. Segundo ela, a criança apresentava várias marcas de mordidas.

“Vi diversas mordidas. Falei com a professora e disse: ‘Olha, fizeram um estrago na minha filha. Estou pensando em levá-la ao médico, porque foi muito forte’. Ao dar banho nela em casa, percebi seis mordidas, sendo uma na cabeça, no local onde disseram que ela havia caído”, relatou a mãe.

A escola justificou que, no momento do incidente, uma cuidadora estava ocupada lavando o ferimento de outra criança, deixando os demais alunos sem supervisão. Para Sandra, a situação evidencia negligência.

“Nesse intervalo, minha filha foi atacada. A escola sabia que essa outra criança tinha o hábito de morder, mas não redobrou a atenção”, afirmou.

Mãe expõe o caso nas redes sociais

Indignada com o ocorrido, Sandra compartilhou a situação em sua conta pessoal no Instagram. No sábado (18/1), a diretora e a professora da escola a procuraram, pedindo que a publicação fosse apagada.



“Postei uma foto da minha filha e disse que ela ia ficar bem. No dia seguinte, a diretora e a professora vieram pedir que eu removesse o post. Recusei”, contou.

De acordo com a mãe, a criança demonstrou medo ao reencontrar as responsáveis pela escola. “Quando minha filha viu as duas, começou a chorar e se agarrou em mim. Uma funcionária minha precisou segurá-la enquanto eu conversava com elas”, relatou Sandra.

Após o episódio, Sandra decidiu retirar a filha da instituição. Na segunda-feira (20/01), foi à escola para recolher os pertences da criança e solicitar o reembolso da mensalidade.

“Depois, recebi uma mensagem da escola dizendo que analisariam o caso. A negligência foi clara”, desabafou.

Relatos de casos semelhantes

Sandra revelou que, após compartilhar sua experiência que repercutiu nesta quarta-feira (22/1), recebeu relatos de outras mães que passaram por situações parecidas na mesma escola. A instituição atende do berçário ao Maternal III.

“Descobri que outras crianças já foram mordidas pela mesma aluna. Algumas mães também tiraram os filhos da escola por isso. Não culpo a criança nem a família, mas a escola foi negligente. Algo ainda pior poderia ter acontecido com minha filha”, concluiu.

Posição da escola

Em nota a escola, que fica no Centro da cidade, confirmou que o incidente ocorreu enquanto uma cuidadora estava fora da sala por alguns instantes.

“Quando a monitora retornou, percebeu que duas crianças estavam em conflito. Elas foram imediatamente separadas, mas, infelizmente, uma delas já havia sofrido escoriações causadas por mordidas”, informou.


A direção explicou que prestou os primeiros cuidados à criança e entrou em contato com a mãe da vítima.


“Nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos, seja por telefone, envio de fotografias pelo WhatsApp ou até mesmo com a ida da proprietária ao local de trabalho da mãe”, ressaltou.



A escola também informou que desligou a funcionária responsável pelo acompanhamento das crianças no momento do incidente.

“Entendemos que houve imprudência funcional por parte da cuidadora e, por isso, adotamos essa medida para garantir a segurança dos alunos e evitar novos episódios”, afirmou a instituição.

Por fim, a escola lamentou a exposição do caso nas redes sociais.

“Entendemos o desconforto da mãe, mas não concordamos com a divulgação de informações e imagens envolvendo menores em mídias públicas. Essa conduta é desnecessária e prejudicial”, pontuou a direção.

A escola reiterou seu compromisso com o bem-estar das crianças e afirmou que medidas estão sendo tomadas para evitar situações semelhantes no futuro.



*Fabrício Salvino especial para o EM

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