CARNAVAL 2025

Festival Rebenta abre alas para o Carnaval de BH

As atrações do festival são um recorte da cena da folia na capital, que começará oficialmente em março

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O som dos tambores e o brilho do glitter já deram as caras em Belo Horizonte, mesmo com o carnaval a um mês de distância. Neste sábado (18/1), o Festival Rebenta apresentou um aperitivo do que a folia belo-horizontina oferecerá. Blocos tradicionais, como 'Então, Brilha' e 'Volta, Belchior', foram alguns dos que levaram alegria para os foliões na Praça Mendes Júnior, na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

As atrações do festival são um recorte da cena do Carnaval de BH, que contou com aproximadamente 530 blocos no ano passado e tende a manter média parecida neste ano. Como diz Kerison Lopes, um dos organizadores do evento e cofundador do bloco 'Volta, Belchior'. “O Rebenta nasceu para integrar o Carnaval de BH com artistas mineiros e já esquenta os tamborins para a grande festa em março."

Nessa proposta de unir forças, a organização do Rebenta sugeriu aos blocos que convidassem algum artista para se apresentar com eles, tocando músicas autorais. Assim, o rapper Djonga fará participação especial na apresentação do 'Swing Safado.' Juntos, eles vão cantar repertório autoral do bloco e o hit “Olho de tigre”. Embora fosse gratuito e em praça pública, foi necessário retirar ingresso para entrar no evento.

Animação em família

A energia contagiante do festival atraiu pessoas de todos os cantos e idades. Ao lado da irmã, do cunhado e da filha Maria Laura, de 9 anos, Michelle Cristina Silva Santos, de 41, aproveitou o Festival Rebenta para se aquecer para a temporada carnavalesca. Moradora de Pedro Leopoldo, na Grande BH, esta é a segunda vez que traz a família para o carnaval da capital mineira. "O carnaval de BH é muito bom. Acho que todo mundo deveria prestigiar e vir ver. É uma festa animada, segura, e as crianças podem curtir junto", elogia. 

Para Michelle, a organização e tranquilidade foram os pontos altos do festival. "O evento está muito bem estruturado. É um espaço gostoso, tranquilo, e estamos aproveitando muito”, disse. E quem vê Michelle e Maria Laura na festa não tem dúvidas: elas amam a diversão colorida do carnaval. “Todo mundo lá em casa entra no clima. Dias antes, já começamos a planejar o que vamos fazer. Glitter, cores, fantasias... sempre combinamos algo divertido e colorido para todo mundo”, conta.

Algumas fantasias já estão prontas, mas ainda há espaço para incrementar os detalhes. “Já fizemos ombreiras, alguns enfeites para o cabelo, mas vamos ajustar mais coisas. A ideia é vir todo mundo bem colorido e alegre”, afirma. Com brilho nos olhos e glitter nas bochechas, Michelle deixa claro: “o Carnaval de BH é um programa perfeito para toda a família”.

Do lado de fora, o clima também era de festa. Cláudia Márcia, de 57, não conseguiu ingresso, mas isso não a impediu de aproveitar a festa como pôde. Do lado de fora da grade, ela encontrou seu espaço para assistir às apresentações e dançava animada ao som do 'Afoxé Bandarerê'. "Tá dando para curtir, mas, infelizmente, eu queria estar lá dentro", disse à reportagem.

Apesar disso, elogiou a organização do evento, que, mesmo para quem ficou de fora, proporcionou um ambiente animado. Contudo, fez um pedido importante: "Poderiam colocar banheiros químicos para quem está aqui fora. Seria bem melhor", disse ela, que saiu de Contagem, também na Grande BH, para ver a apresentação do bloco Volta, Belchior. 

Fã de carteirinha do grupo, Cláudia acompanha as apresentações todos os anos, mesmo que, às vezes, seja à distância. Para Cláudia, a festa vai muito além da diversão. É cultura, economia e legado. "Espero que essa tradição passe para as próximas gerações, porque é muito bonito e muito gostoso. Fora que movimenta a economia, traz trabalho, dinheiro, e faz o turismo girar. Carnaval é isso”, afirma.

Ela que já morou na capital mineira em tempos em que o carnaval não tinha o apelo de hoje, celebra a evolução da festa. "De uns quatro, cinco anos para cá, melhorou demais, principalmente com o incentivo público. Público, a gente sempre teve, mas sem o apoio dos nossos representantes”, aponta Cláudia.  

Arregaçando as mangas

Para outros, o Rebenta foi também oportunidade de trabalho e arte. Matheus Eduardo Cordeiro, tarólogo de 22, aproveitou o movimento para apresentar seu ofício. "O tarô é uma ferramenta de autoconhecimento. É sempre bom estar em eventos como este, porque além de trabalhar, a gente conhece novas pessoas", diz ele.

Fabíola Carvalho, de 47, encontrou no carnaval uma forma criativa de unir paixão e trabalho. Ambulante e apaixonada pela folia, ela vende tiaras e adereços decorativos que transformam qualquer fantasia em um espetáculo. A inspiração para o negócio surgiu no ano passado. “Sempre fiz as peças para mim mesma, para usar nas fantasias. Daí me deu um estalo: por que não fazer para vender? E deu certo! Vendi muito bem”, conta. Este ano, ela decidiu repetir a dose e já está com sua coleção pronta para conquistar os foliões.  

Entre curtir e trabalhar, Fabíola encontra equilíbrio. "Primeiro, a gente aproveita a festa, sente o clima. E as ideias vão surgindo", explica. Suas criações são fruto de um processo espontâneo. “Às vezes, dou uma olhada na internet para buscar referências, mas o resto vai fluindo. Pego os materiais, começo a montar e, de repente, vejo: ‘opa, isso aqui vai ficar ótimo!’.”  

Ainda que as vendas estejam tímidas no momento, Fabíola sabe que a hora do movimento maior está por vir. “O pessoal costuma deixar para comprar em cima da hora, mas minha expectativa é alta. Ano passado foi assim também.” Suas tiaras variam entre R$ 60 e R$ 120, com modelos mais simples e outros muito bem ornamentados, que chamam a atenção de longe.

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Confira fotos do Festival Rebenta 

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