TEMPORAL

Chuvas em BH: cinco bacias de contenção atendem a Teresa Cristina

Avenida, na Região Oeste de Belo Horizonte, alagou durante as chuvas desta quinta-feira

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Inserida na bacia do Ribeirão Arrudas, a Avenida Teresa Cristina conta com cinco reservatórios para ajudar a reduzir o risco de enchentes na via. Juntas, essas estruturas têm capacidade para armazenar até 1 bilhão de litros de água durante chuvas intensas. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), foi graças a essas bacias que os alagamentos registrados na via na quinta-feira (16/1) não foram tão graves, embora a avenida tenha amanhecido coberta de lama nesta sexta-feira (17/1).

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A única bacia que está, de fato, instalada no perímetro da capital na avenida é a B5, concluída no ano passado e com capacidade para 270 milhões de litros. No local, continuam em andamento obras de paisagismo e urbanização, e a bacia já funciona em plena capacidade. A estrutura está localizada na Vila Sport 2, entre a Avenida Amazonas, 9.400, e a linha férrea, Região Oeste da capital.

Adicionalmente, outras quatro bacias em BH têm a função de dar vazão aos córregos Bonsucesso, Túnel/Camarões e Olaria/Jatobá, que desaguam no Arrudas e consequentemente ajudariam a reduzir as enchentes da Teresa Cristina. Outras duas bacias, B3 e B4, que, juntas, comportam cerca de 500 milhões de litros, o equivalente a 200 piscinas olímpicas, estão em obras no trecho da avenida em Contagem, na Grande BH.

A maior delas, localizada no Córrego Bonsucesso, consegue reter sozinha até 250 milhões de litros. Já o conjunto de bacias no Córrego Túnel/Camarões possui capacidade de armazenamento de 400 milhões de litros, enquanto as bacias dos córregos Olaria e Jatobá, que operam em sincronia, podem conter até 180 milhões de litros. 

Apesar dos avanços, o temporal dessa quinta voltou a evidenciar a fragilidade do sistema. A água acumulada invadiu a pista, arrastou veículos e deixou rastros de destruição, mesmo com as bacias operando. "O problema maior de Belo Horizonte era Tereza Cristina e Vilarinho. Hoje, cinco bacias atendem a Teresa Cristina, e todas estão operando. Se essas bacias não estivessem em funcionamento, o estrago seria muito maior. Anos atrás era muito mais difícil, mas podemos falar que conseguimos minimizar e muito os impactos das chuvas na capital”, destacou o prefeito em exercício Álvaro Damião (União Brasil).

Segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte, em apenas uma hora choveu mais de 50 milímetros em algumas regiões, o que equivale a 15% do esperado para todo o mês de janeiro. Esse volume de água, muito superior ao previsto pelos modelos meteorológicos, deixou a cidade em alerta. Damião ressaltou que, embora o volume de precipitações tenha sido intenso, o cenário poderia ter sido ainda mais crítico não fossem as intervenções já realizadas pela PBH.

“O trabalho que estamos fazendo, que o prefeito Fuad (Nomam) vem fazendo nos últimos dois anos, já estamos colhendo frutos. Obviamente, que a gente não queria que acontecesse nem o que aconteceu. Mas se não tivesse a bacia da Vilarinho recebendo 60 milhões de litros d’água ontem (quinta-feira), como ela recebeu, os danos seriam muito maiores”, afirma.

O balanço dos estragos e atingidos pelas chuvas ainda está sendo fechado pelo Executivo municipal. Até então, 40 toneladas de lixo foram recolhidos após o temporal. “A gente sabe que é difícil pedir paciência ao comerciante que está há 20 anos nessa mesma situação, mas esse mesmo comerciante que está há 20 anos aqui, ele sabe que há três, quatro anos o impacto dessa chuva seria muito maior”, completou o prefeito em exercício.

A previsão de mais chuvas para os próximos dias fez com que as regionais Noroeste e Pampulha fossem colocadas sob alerta máximo para risco de desmoronamentos de terra, segundo a Defesa Civil de BH. Já as regionais Venda Nova, Centro-Sul, Oeste e Barreiro estão sob alerta moderado. O aviso é válido até domingo (19/1).

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