MOBILIDADE

Ônibus articulados do Move são substituídos por veículos menores; entenda

Novo modelo, chamado superpadron, transporta até 25 passageiros a menos. Com a mudança, as linhas podem ganhar mais horários

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A renovação da frota das linhas metropolitanas, que ligam as cidades da Grande BH à capital mineira, teve início com a chegada de 66 veículos novos nesta quinta-feira (5/12) e deve resultar no fim dos ônibus articulados no sistema. Os veículos do tipo sanfonados serão substituídos por um modelo menor, sem articulação, que transporta até 25 passageiros a menos. No sistema do Move municipal de Belo Horizonte, as empresas têm testado alternativas para os articulados, que só podem circular até o final de 2026.

A decisão pela compra do novo modelo de ônibus visa garantir uma maior eficiência operacional, explica Pedro Calixto, secretário-adjunto de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias. Chamado de superpadron, o veículo tem três eixos (dois na dianteira, um na traseira) e 15 metros de comprimento, o que é cerca de 2 metros maior do que um ônibus convencional e 3,5 metros menor do que um ônibus articulado.

A configuração do superpadron deve facilitar as manobras, especialmente fora dos corredores do Move, onde os ônibus dividem espaço com motos e carros de passeio. “Eles vão atuar no corredor do Move e, à medida que os ônibus novos forem chegando, e não havendo necessidade, a ideia é que os articulados sejam substituídos pelo novo modelo”, explica o secretário-adjunto.

Os superpadrons transportam até 101 passageiros, sendo 40 sentados e 61 em pé. Já a lotação dos articulados pode chegar a até 126 pessoas, dependendo do modelo. Caso haja superlotação com a adoção desses novos ônibus, o secretário-adjunto garante que haverá aumento na oferta de viagens. “É lógico que, se a demanda permanecer, eu vou ter que colocar mais ônibus para atendê-la, já que o superpadron tem capacidade ligeiramente menor”, defende.

 

Estações

Além dos veículos novos, o Move Metropolitano receberá investimentos em sua estrutura viária. Recentemente, o governo estadual anunciou a construção de um novo terminal de integração em Santa Luzia, em convênio com a prefeitura. A obra será a primeira expansão do sistema desde sua inauguração, em 2014. Outro anúncio recente foi a seleção de dois corredores de ônibus para receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que deverão fazer o trajeto até o Centro de Belo Horizonte, a partir do Terminal São Benedito e do Terminal Justinópolis, ser inteiramente em faixas exclusivas.

Segundo o secretário-adjunto Pedro Calixto, MG-010 deve receber quatro novas estações de ônibus, com o objetivo de facilitar a baldeação dos passageiros que utilizam a via. Em setembro, o Move Metropolitano recebeu a linha 506C, que liga o Jardim do Glória, em Vespasiano, a Belo Horizonte, sem passar pelo Terminal Morro Alto. A linha foi uma reivindicação dos moradores, que reclamavam de desviar três quilômetros da rodovia para dentro do Terminal Morro Alto e fazer a baldeação.

“[A linha 506C] veio nesse sentido de evitar que as pessoas entrassem no Morro Alto para fazer a baldeação. Não é uma estação do Move, é um ponto de ônibus que está servindo como estação, mas dentro desse projeto da MG-010 estaria uma estação por ali”, detalha o secretário-adjunto.

Na capital

O sistema Move municipal de Belo Horizonte também passará por mudanças no perfil da frota. Recentemente, as empresas da capital iniciaram a renovação dos veículos padrons (aqueles sem articulação) pelo modelo chamado BRT Misto, que também é menor e, por consequência, transporta menos passageiros. A justificativa se baseia no argumento de que os ônibus menores fazem manobras mais facilmente, o que garante maior eficiência fora dos corredores BRT.

Os ônibus do tipo BRT Misto transportam até 10 passageiros a menos do que os antigos padrons, o que representa 12% a menos de passageiros. O decreto da Secretaria de Mobilidade (SUMOB) de agosto determina que a entrada desses ônibus no sistema contribua para um aumento no número de viagens nas linhas em que circulam de, no mínimo, 8% (oito por cento) em comparação ao primeiro semestre deste ano. Até o momento, esse aumento não ocorreu.

Outra mudança na frota se dá pela adoção dos superpadrons. Desde a inauguração do Move, as empresas tiveram três veículos articulados substituídos por incêndios, sendo que um deles foi substituído por um ônibus que a Sumob classifica como “veículo Padron de maior porte” — menor e que transporta menos passageiros. Atualmente, um modelo semelhante está sendo testado nas linhas do sistema.

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A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para saber quando o reforço no quadro das linhas ocorrerá, assim como se os articulados serão todos substituídos por superpadrons, mas não obteve resposta.

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