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Julgamento

PM é condenado a mais de 23 anos de prisão por matar jovem em boate de MG

Crime ocorreu em Montes Claros, Norte de Minas, em dezembro de 2023. Réu foi levado para presídio da Polícia Militar de Sao Paulo, onde trabalhava

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O policial militar Wadson Mateus Fernandes Dias, de 30 anos, foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pela morte do jovem Filipe Fernando Pereira de Figueiredo, de 21 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 16 de dezembro de 2023, dentro de uma boate em Montes Claros, no Norte de Minas.

O julgamento, que durou cerca de 14 horas, teve fim na noite dessa terça-feira (22/10) no Fórum Gonçalves Chaves, em Montes Claros. A sentença foi proferida pelo juiz Famblo Santos Costa, presidente do Tribunal do Júri da Comarca local. O Ministério Público foi representado pelo promotor Breno Alexei.

Enquanto a família de Filipe Fernando e o advogado Josias Neves, assistente de acusação, comemoraram o resultado do julgamento, o advogado de defesa do réu, Emerson Cordeiro, disse que considerou a pena exagerada e que deverá interpor recurso junto ao Tribunal de Justiça para tentar reduzir o tempo de reclusão do PM.

 

“A defesa respeita a decisão do corpo de jurados, que é soberana. Mas vamos analisar os procedimentos adotados durante os trabalhos do julgamento, que eles podem ter interferido na pena aplicada, que consideramos que foi exacerbada e devemos apresentar recurso junto ao Tribunal de Justiça”, afirmou Emerson Cordeiro.

Após a condenação pelo Tribunal do Júri, o policial militar Wadson Mateus Fernandes Dias foi levado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Vila Presídio Militar Romao Gomes, na Vila Albertina, região Norte da capital paulista, para onde havia sido encaminhado quando foi preso após o homicídio na boate.

O policial militar Wadson Mateus Fernandes Dias, de 30 anos,  foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado

O policial militar Wadson Mateus Fernandes Dias, de 30 anos, foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado

Redes sociais/Divulgação

O assistente da acusação Josias Neves disse que aguarda a comunicação da condenação do réu ao Comando da Polícia Militar de São Paulo, para que ele venha ser exonerado e encaminhado para uma prisão da justiça comum.

Como foi o crime

Conforme o delegado Cezar Salgueiro, responsável pela investigação, na madrugada de 16 de dezembro, Wadson Mateus Fernandes Dias, portando uma arma de fogo e tendo se identificado como policial militar de São Paulo, entrou na boate, localizada na Avenida Mestra Fininha, no Bairro Cândida Câmara, em Montes Claros.

O PM, que estava acompanhado de sua namorada, consumiu várias bebidas alcoólicas durante todo o tempo que permaneceu no estabelecimento. Por volta das 4h da manhã, o casal resolveu ir embora, quando a namorada sentiu falta de uma blusa e o suspeito retornou para buscar tal peça de roupa.

De acordo com as informações do inquérito, ao retornar o militar encontrou duas jovens e as interpelou sobre a propriedade da blusa que estava na posse de uma delas. Diante da resposta de que a blusa pertencia a uma das jovens, o suspeito sacou a arma de fogo e a ameaçou. Ao ver a amiga ser ameaçada, a outra jovem interveio na cena e foi prontamente agredida pelo autor com uma coronhada da arma de fogo em seu rosto.

Ainda conforme a investigação, quando percebeu que a amiga estava sendo agredida, um homem interpelou o agressor questionando sua atitude, ao que foi respondido com agressões também causadas por coronhadas da arma de fogo do suspeito. O jovem tentou se esquivar das agressões deixando a cena e foi seguido pelo policial militar.

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Observando o ocorrido, a vítima, Filipe Fernando, na tentativa de cessar a agressão contra o amigo, seguiu atrás do agressor dando-lhe um empurrão, que não foi suficiente para contê-lo. A vítima, então, desferiu-lhe um 'murro', ao que o autor respondeu com um disparo de arma de fogo contra o jovem, que morreu no local.

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