Punk e heavy metal se unem em benefício dos animais em BH
Festival Punk Metal Pet chega à capital mineira em sua primeira edição, com shows de bandas autorais e feira de adoção de animais pelo Instituto Resgata Cão
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Com personalidade própria dentro do rock n’ roll desde meados da década de 1970, quando surgiu em Londres, o movimento punk sempre foi um aliado nas lutas contra injustiças sociais. Com a causa animal, essa realidade não foi diferente, pois a contracultura se mantém como uma das maiores defensoras dos direitos dos bichinhos.
Nesse espírito, BH recebe a primeira edição do festival Punk Metal Pet, no sábado (13/12). O evento, que acontece a partir das 11h no Galpão 73, reúne shows de bandas de heavy metal e punk com uma feira de adoção de animais. Haverá venda de cervejas artesanais e estande de tatuagem.
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O evento é organizado pela cervejaria Cão de Rua, do mestre cervejeiro Ricardo Fonseca, que destina parte dos lucros do empreendimento a instituições ligadas à causa animal. Parte dos recursos obtidos com o festival também será doada.
Cinco bandas da cena underground de BH compõem a setlist: Drowned, Drástiko, Hellish, Garagem Dinossauro e Grindcore Godzilla Extravaganza.
Fred Catarino, baterista da banda Hellish, diz que a proposta do festival nasce do movimento punk metal da cidade e do engajamento político da cena musical.
“A ideia é juntar bandas da cidade, algo que vem forte em BH de uns 10 anos para cá, especialmente por causa do coletivo MetalPunk Overkill”, afirma.A organização produz eventos de forma autônoma e autogerida, com o intuito de ampliar o cenário punk na capital mineira.
A feira de adoção, organizada em parceria com o Instituto Resgata Cão, é um dos destaques do festival. Para Catarino, a iniciativa segue os ideais do movimento punk. Ele cita o impacto de bandas dos anos 1980 e do anarcopunk na defesa do vegetarianismo e na luta contra a exploração animal.
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“Há também o vegetarianismo como forma de protesto contra a indústria da carne, o aprisionamento e exploração de animais, como nos circos. Essas questões estão vivas dentro do punk desde a década de 1980. Então, isso é inerente. Se a pessoa está envolvida com esse movimento, ela tem consciência disso e é importante que fale sobre o assunto”, afirma o baterista.
Segundo o baterista Fred Catarino, todas as bandas que se apresentarão no festival de sábado defendem repertórios autorais.
“O autoral, para a gente, é algo muito importante. Todas as bandas escrevem e produzem suas próprias músicas. Nós, da Hellish, acabamos de lançar um EP com três músicas, o ‘Internal uprising’, e vamos cantar essas músicas no show. Cada banda fará apresentação de meia hora, em média”, explica.
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Fred Catarino destaca que Belo Horizonte vive momento favorável para o cenário do punk metal. A cidade consolidou uma rede ativa de shows, coletivos e público.
“BH vive um grande momento. A qualidade melhorou bastante e o público, o que é mais importante, melhorou muito. O pessoal saiu de casa”, afirma.
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Fred destaca também a presença crescente da capital mineira no circuito de bandas nacionais e internacionais.
“Hoje, Belo Horizonte está no mapa. O público está indo, é um público mais politizado”, finaliza o baterista da Hellish.
FESTIVAL PUNK METAL PET BH
Neste sábado (13/12), a partir das 11h, no Galpão 73 (Rua Hilda de Carvalho Garzon, 73, Bairro Dona Clara). Entrada mediante doação de duas latas de patê para cão ou gato, ou R$ 10 na portaria do evento.
* Estagiária sob supervisão do editor Enio Greco