CINEMA NACIONAL

Filme brasileiro 'O último azul' concorre ao Urso de Ouro em Berlim

Longa de Gabriel Mascaro com Denise Weinberg e Rodrigo Santoro se passa na Amazônia em um Brasil distópico

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"O último azul", novo filme de Gabriel Mascaro ("Boi neon" e "Divino amor"), terá sua estreia mundial na competição oficial do Festival de Berlim. O longa disputa o Urso de Ouro, prêmio mais importante do evento, que neste ano acontece entre os dias 13 e 23 de fevereiro. 

O longa de Gabriel Mascaro é o primeiro filme brasileiro a competir pelo troféu desde 2020. O Brasil já venceu o prêmio duas vezes. A primeira foi com com "Central do Brasil" (1998), de Walter Salles, que também rendeu o Urso de Ouro de Melhor Atriz para Fernanda Montenegro, e a segunda vez foi com "Tropa de Elite" (2008), de José Padilha.

"O último azul" acompanha Tereza (Denise Weinberg), uma mulher de 77 anos que vive em uma cidade industrial na Amazônia. Ela recebe uma notificação do governo para se mudar para uma colônia habitacional obrigatória, onde idosos passam seus últimos anos. Antes do exílio, Tereza inicia uma jornada pelos rios amazônicos para realizar um último desejo que pode transformar sua vida para sempre.

Além de Denise Weinberg, o elenco conta com Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo. O filme se passa em um Brasil quase distópico e mistura temas como resistência, envelhecimento e conexão com a natureza. A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para 2025.

Em comunicado enviado a imprensa, o diretor Gabriel Mascaro celebrou a conquista."Só o fato de 'O último azul' ter sido selecionado para a principal sessão da Berlinale já é uma grande vitória para o cinema brasileiro. Estou muito honrado em saber que nosso filme vai competir pelo Urso de Ouro, mas o maior prêmio já ganhamos, que é ver a cultura brasileira vibrante novamente." 

Mascaro já participou do Festival de Berlim em 2019, quando seu filme "Divino amor" foi exibido na Mostra Panorama. Ele também é conhecido por trabalhos como "Boi neon" e "Ventos de agosto".

Rodrigo Santoro também comentou a indicação. "A seleção de O último azul para a competição principal de Berlim só mostra o quanto o Brasil é capaz de produzir um cinema forte e profundo. É emocionante ver o cinema independente chegar tão longe, feito com garra e talento, mesmo com poucos recursos."

Brasil no Festival de Berlim

Além de "O último azul", outras produções brasileiras estarão presentes no festival. O documentário "Hora do recreio", sobre adolescentes na escola, e o longa "A melhor mãe do mundo", que aborda violência doméstica, serão exibidos em mostras paralelas. Os dois filmes são dirigidos por Lúcia Murat e Anna Muylaert, respectivamente.

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Na competição de curtas, o Brasil será representado por Anba dlo, dirigido por Luiza Calagian e Rosa Caldeira. A coprodução brasileira, cubana e haitiana acompanha a bióloga haitiana Nádia, que pesquisa a flora e a fauna em Cuba e vive uma experiência inusitada na floresta. O elenco inclui Berline Charles e Feguenson Hermogène.

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