
Nana Rubim lança o primeiro álbum e se apresenta no projeto Tranquilo
Cantautora, de 24 anos, fala de amor, sonho e espiritualidade em suas canções. Nesta terça (21/1), ela participa do evento dedicado a novos talentos
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Siga noCantora, compositora, pianista e violonista, a mineira Nana Rubim, de 24 anos, lança o álbum “Nãna” (Alma Viva), com seis faixas autorais. Adepta do R&B (rhythm and blues), ela aposta no diálogo deste gênero musical com jazz, soul, MPB e música afro-americana.
Nos palcos mineiros desde os 17 anos, quando se apresentava como Mari B, ela conta que passou por várias transformações. “Já toquei samba, rock e fui até outra pessoa”, brinca, referindo-se ao antigo nome artístico. As novas canções falam de paixões, recomeços, espiritualidade e da natureza. Nesta terça-feira (21/1), ela vai participar do projeto Tranquilo, no Espaço CentoeQuatro, voltado para talentos da nova cena de BH.
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O repertório expressa diferentes momentos da vida de Nana: dos amores fugazes (“Sentimento impuro”) à primeira paixão (“Doce gangsta”). A sonoridade, ela explica, não traz muita instrumentação. “Hoje em dia, tudo é digitalizado. Trabalhamos com samples, sons mais robóticos, mas, ao mesmo tempo, tivemos participação de baixistas e tecladistas”, diz.
A faixa “Madrugada” chega ao YouTube acompanhada de animação criada por Felipe Pessanha e Vitor Borges. “Não quis fazer um clipe comigo. Então, contratei um animador e uma pessoa que trabalha com 3D. Eles realizaram o meu sonho de infância, pois cresci vendo cartoons e colocando o meu mundinho, como se ele existisse, no palco.”
Nas fotos do álbum, Nana surge numa cachoeira. As imagens dialogam com o clipe de “Madrugada”. A animação é protagonizada por uma garota de maiô verde em comunhão com a natureza, sob o céu azul.
A pedido da reportagem, Nana comenta as faixas de seu álbum. “A primeira canção, 'Sentimento impuro', é a minha introdução, digamos assim”, explica. “Queria mostrar a mensagem maior do meu disco. Acho que é tudo sobre sonho e amor, pois vivemos com isso. Pedi à minha avó para me contar o que ela achava legal. Ela me mandou um áudio, coloquei no início da introdução. Depois disso, o disco começa como se fosse uma jornada.”
“Sentimento impuro” fala de amores passageiros. “É quando a pessoa está solteira e não tem amarras com alguém, mas ama, de qualquer forma. É sobre você amar uma pessoa e depois nunca mais vê-la.”
A segunda faixa, “Shawty got the booty”, é uma sátira. “Hoje em dia, todo mundo tem de falar sobre bunda na música. Pensei: vou fazer de um jeito sofisticado. Então, é brincadeira, uma canção bem-humorada. É mais sobre a leveza, sobre o processo de criação artística, do que qualquer outra coisa”, observa.
Primeiro amor
“Doce gangsta”, a terceira canção, foi composta para o primeiro namorado de Nana, a primeira paixão. “É especial, porque no meio de tudo rolaram várias coisas. É uma música carregada, mas tem inocência. Faço um melisma (técnica vocal que consiste em alterar a nota de uma sílaba, enquanto ela é cantada), que é como me senti apaixonada. Tem aquela coisa da atenção, do amor que você nunca vai esquecer.”
A faixa seguinte, “Inverno”, é o interlúdio. Inspira-se no áudio de WhatsApp que Nana mandou para uma amiga, com freestyle, versos criados ali no momento, improvisadamente. “Eu a escrevi há dois anos e sempre tentei reescrevê-la para a versão de estúdio. Depois, quando entendi que nunca teria como replicar aquela emoção, pensei: vou deixar do jeito que está.”
Depois de “Inverno” vem “Madrugada”. “Basicamente, a letra fala de confusão mental, mas no sentido de achar ordem para o mundo. É sobre querer um dia bom e, ao mesmo tempo, ser uma pessoa extrovertida, introvertida e várias outras coisas. Na época em que a escrevi, passava pelo momento conturbado de um relacionamento, sentia medo de perder a pessoa. Então, mostro o desejo de ficar dentro do meu mundinho. No clipe, sou eu me escondendo na minha própria imaginação.”
A canção diz muito sobre como Nana e muitas outras pessoas amam hoje em dia. “É aquela coisa de cortar alguns cachos, correr e amar demais, mais do que a pessoa aguenta. Ao mesmo tempo, precisa pensar nela. Foi quando comecei a pensar no que queria para mim dentro do amor.”
“Madrugada” é leve, afirma Nana, “perfeita para a pessoa lavar um prato, bem tranquila” A inspiração veio de “Good days”, da norte-americana SZA, uma das referências da jovem compositora.
Brincadeira
“Drown”, que fecha o álbum, tem letra em inglês e remete às influências de Nana. “O R&B é relativamente novo no Brasil. Então, tudo o que eu conseguia consumir (do gênero) era da indústria americana ou inglesa. Quis mostrar isso como uma brincadeira. Adoro esta canção, porque é curta e te deixa querendo um pouquinho mais.”
Nana Rubim decidiu lançar só agora o primeiro álbum porque decidiu esperar o momento em que se sentisse confiante na própria capacidade musical.
“Todo artista precisa acreditar nele mesmo. Meu disco está aqui para transcrever algumas situações que todo mundo passa. É o que eu posso tocar e fazer com que o dia das pessoas melhore. Todos que ouvirem meu trabalho, de coração aberto, conseguirão obter alguma sensação gostosa”, acredita. E avisa: “É o volume 1, porque já estou pensando no próximo álbum.”
REPERTÓRIO
. “SENTIMENTO IMPURO”
. “SHAWTY GOT THE BOOTY”
. “DOCE GANGSTA”
. “INVERNO”
. “MADRUGADA”
. “DROWN”
“NÃNA – VOL.1”
• Álbum da cantora Nana Rubim
• Alma Viva
• Seis faixas
• Disponível nas plataformas digitais
TRANQUILO
Nana Rubim se apresenta nesta terça (21/1), no projeto Tranquilo, no CentoeQuatro (Praça Rui Barbosa, 104, Centro). Outras atrações são Paulinho Moska, Tom Karabachian, Alysson, Elisa de Sena e Marcos Almeida. A partir das 19h.