
Prefeitura promete iniciar restauração do Museu de Arte da Pampulha em 2025
Obras, que ainda não foram licitadas, podem durar até três anos, informa a secretária de Cultura de BH, Eliane Parreiras. Museu está fechado desde 2019
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Siga noFechado desde 2019, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) deverá ser finalmente restaurado no primeiro semestre de 2025. O anúncio foi feito pela secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, na quinta-feira (19/12). Ela apresentou detalhes do projeto aprovado por órgãos de proteção ao patrimônio cultural nas esferas municipal, estadual e federal – o MAP é tombado em todas essas instâncias. Porém, ainda falta a abertura do processo licitatório que definirá a empresa responsável pelas obras.
O projeto inclui a ampliação da estrutura física do museu e a criação da Casa MAP, anexo que será instalado na antiga estação de bombeamento de água da Pampulha, localizada na Avenida Otacílio Negrão de Lima, 2.202, às margens da lagoa.
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Esse novo espaço abrigará cerca de 1,5 mil itens dos acervos histórico e artístico, 40 mil documentos do Centro de Documentação e 5 mil itens da biblioteca do museu.
O projeto está orçado em R$ 35 milhões. O prazo de execução varia entre um e três anos. “A restauração do Museu de Arte da Pampulha está estimada (para terminar) em dois anos e meio, três anos. As obras da Casa MAP já estão bastante avançadas. Até o final de 2025, a gente consegue fazer a conclusão”, declarou a secretária.
O imóvel será dividido em ambientes para guarda do acervo documental do museu; espaços para consulta do público; salas dedicadas ao acervo bibliográfico do MAP, que inclui livros, catálogos, cartazes e outras publicações; ambiente com acesso do público para consulta; espaço para pesquisas e ambientes para atividades administrativas.
“Em 2019, a gente teve o processo de suspensão da visitação pública (ao MAP) em função de questões de segurança. Imediatamente começaram as prospecções para fazer o diagnóstico de como o museu estava, mas também houve a contratação da revisão do projeto de restauração a partir desse diagnóstico”, disse Parreiras.
Eliane Parreiras, secretária municipal de Cultura de BH, informou que projeto de restauração do MAP foi orçado em R$ 35 milhões, com prazo de execução "de dois anos e meio a três anos", a partir de 2025
“São processos longos, que se retroalimentam. Esse que citei durou cerca de um ano e meio. Em seguida, houve a análise dos órgãos de patrimônio – aí, estamos falando de três diretorias distintas que têm de chegar a um acordo –, processo de identificação da necessidade da saída da reserva técnica e a procura do imóvel para implementar a Casa MAP. Só depois dessas etapas a gente chega à contratação do projeto de reforma”, afirmou a secretária.
Para preservar a arquitetura original do edifício-sede, assinada por Oscar Niemeyer e inaugurada em 1943 como cassino, o projeto prevê intervenções mínimas.
“Todos os materiais nobres de revestimento receberão cuidados específicos. Somente nos pontos onde não for possível a recuperação do material original será feita a substituição por peças com características idênticas”, disse Eliane Parreiras.
O prédio passará por adequações para atender a normas de acessibilidade. Serão instalados sanitários adaptados, além de elevadores e rampas de acesso.
Marco modernista
A arquitetura do MAP, referência do modernismo brasileiro, foi o ponto de partida do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que inclui a Igreja de São Francisco de Assis, Casa do Baile, Iate Tênis Clube e Casa Kubitschek.
Inicialmente concebido como cassino, aberto em 1943, o edifício teve seu funcionamento interrompido em 1946, quando os jogos de azar foram proibidos no Brasil. Reaberto em 1957, passou a funcionar como museu desde então.
Embora esteja fechado há cinco anos, o MAP mantém parte da programação. Atualmente, o CCBB-BH abriga a mostra “9ª Bolsa Pampulha: Camará”, com obras de 11 bolsistas do tradicional programa de residência promovido pela prefeitura em parceria com a instituição.
"Ateliê vivo" está previsto
Além disso, programa educativo é realizado nas áreas externas do MAP. Segundo a secretária, a intenção é transformar o museu, durante o período das obras, em “ateliê vivo”, permitindo que o público acompanhe o processo de restauração e compreenda a relevância histórica e arquitetônica do edifício.
As obras de restauração do MAP e a inauguração da Casa MAP fazem parte das metas para o setor cultural previstas para 2025, que somam R$ 137 milhões em investimentos.
“Vamos dar melhores condições de acessibilidade ao público e melhores condições museológicas, protegendo e salvaguardando o acervo do museu, assim como o próprio edifício, que faz parte da história da cidade, sendo também um item de acervo”, prometeu a secretária de Cultura de Belo Horizonte.