Rogério Tobias
Rogério Tobias
Mestre em Marketing; Pós-graduado em marketing; Administrador; Professor; consultor de marketing e negócios. Palestrante; Escritor.
MARKETING E NEGÓCIOS

Marketing não é mágica. É método, coerência e paciência

Campanhas brilhantes não sustentam marcas incoerentes. O marketing que permanece é aquele que se constrói no detalhe, na estratégia e no tempo

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Já ouvi, mais de uma vez, em reuniões, o famoso “vamos fazer um post que viralize”. Como se o marketing fosse isso: um truque, um botão mágico, uma campanha genial capaz de resolver, sozinha, todos os ruídos de gestão, produto ou posicionamento.

 

Mas quem vive o dia a dia dos negócios sabe: marketing não é mágica. É pensamento estratégico. É processo. É método. Ele começa muito antes do outdoor, da arte no Instagram, do e-mail marketing.

 

Começa na escuta atenta do cliente, na dúvida do consumidor, naquilo que ninguém pediu, mas todo mundo sente falta. Passa pelo posicionamento da marca, pelas decisões sobre produto, pela experiência de compra e de devolução, pelo atendimento, pela embalagem. É um fio que costura todas as áreas e conecta promessa com prática.

 

 

E aqui entra uma confusão cada vez mais comum — e perigosa: tratar o marketing digital como sinônimo de marketing. Não é. O digital é uma ferramenta — valiosa, sim — mas ainda assim uma ferramenta. Ele opera nos níveis táticos e operacionais.

 

Não substitui a visão estratégica, não cria marca sozinho, não resolve incoerência. O marketing se serve do digital. Mas não se resume a ele. A essência do marketing continua sendo compreender gente, gerar valor e construir confiança. E isso, meus amigos, nenhuma plataforma entrega pronta.

 

Já vi marcas investirem pesado em campanhas impactantes e colherem apenas curtidas — nenhuma reputação. Porque a campanha era boa, mas o produto era fraco. O atendimento, ruim. A logística, falha. O marketing não sustenta o que a empresa não entrega.

 

 

Do outro lado, há marcas que crescem devagar, mas com constância. A Localiza, por exemplo, não virou referência em aluguel de carros só com publicidade. Ela cresceu com processo. Com atendimento que resolve. Com tecnologia que simplifica. Com gente bem treinada. E tudo isso é marketing — ainda que não apareça no feed.

 

A Natura é outro bom exemplo. Não vende só cosméticos. Vende um discurso coerente, uma rede de consultoras valorizada, uma logística pensada para o Brasil profundo. E o marketing ali não mente. Ele traduz.

 

É claro que campanhas criativas e ousadas fazem parte do jogo. E são muito bem-vindas. Mas só funcionam quando têm base. Quando vêm depois da verdade — não antes. Marketing é método, sim. É disciplina. É escuta. É paciência. Porque construir reputação dá trabalho. E manter coerência, em tempos de pressa, exige coragem.

 

No fim, marketing é sobre verdade. Sobre entregar o que se é, com honestidade e clareza. Não sobre gritar para ser ouvido, mas sobre construir algo que mereça ser lembrado.

 

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Como disse Jeff Bezos: "Sua marca é o que as pessoas dizem sobre você quando você não está na sala".

 

E para que digam algo bom, não basta um bom post. É preciso método, coerência e paciência.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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