Médica analisando, com as duas mãos, o pescoço da paciente

Os tumores de cabeça e pescoço são diagnosticados através da avaliação clínica, biópsia de lesões suspeitas e exames de imagem

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Os tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem, anualmente, a cerca de 700 mil casos diagnosticados de câncer. Um dos principais problemas para o tratamento é o rastreamento tardio, que ocorre em 60% dos casos, com impacto negativo na sobrevida do paciente. Este mês, mais precisamente 27 de julho, é dedicado à conscientização mundial sobre os tumores de cabeça e pescoço.

A campanha busca falar sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce, tratamento adequado e cuidados contínuos para essa classe de câncer. Além de educar o público sobre os principais fatores de risco da doença, que podem incluir o consumo excessivo de álcool, tabagismo, infecções virais como o HPV (papilomavírus humano) e a exposição crônica ao sol.

Os tumores de cabeça e pescoço englobam uma variedade de cânceres que afetam áreas como boca, língua, laringe, faringe, glândulas salivares, seios paranasais e outras regiões da cabeça e pescoço. Esses tipos de câncer podem ser extremamente debilitantes e têm o potencial de impactar significativamente a fala, a respiração, a alimentação e outras funções essenciais para a qualidade de vida. Os sintomas mais comuns desse tipo de câncer são nódulos ou feridas que não cicatrizam na região, além de dificuldade em engolir e rouquidão.


Uma mulher branca, com cabelo preto e mechas loiras; está vestindo jaleco branco

A oncologista Emanuelle Guedes ressalta que a maioria dos tumores de cabeça e pescoço, se descobertos do início, têm uma alta taxa de cura

Arquivo Pessoal

De acordo com Emanuelle Guedes, oncologista do Hospital Cetus Oncologia, os tumores de cabeça e pescoço são diagnosticados através da avaliação clínica e biópsia de lesões suspeitas, exames de imagem - tomografias e ressonância magnética e estão relacionados ao tabagismo, etilismo (alcoolismo) e infecção pelo HPV. Por essa razão, é possível prevenir o câncer evitando a exposição a fatores de risco como o excesso no consumo de bebidas alcoólicas e cigarro, além de se imunizar contra o HPV. 


Do mesmo modo, a especialista afirma que os desafios enfrentados no diagnóstico e tratamento desse tipo de câncer estão relacionados à cirurgia, quimioterapia e radioterapia podendo produzir efeitos colaterais que atrapalham a alimentação do paciente, deixando a boca seca, além de causar efeitos colaterais, tornando o tratamento mais pesado.

Apesar disso, a oncologista ressalta que a maioria dos tumores de cabeça e pescoço, se descobertos do início, têm uma alta taxa de cura. "O mês de julho é importante para incentivar as pessoas a procurarem avaliação médica ou odontológica especializada em caso de feridas na boca que não cicatrizam. Essa campanha é importante, também, para estimular a vacinação contra HPV", informa. 

É importante enfatizar a importância da consulta regular ao médico. Reconhecer os sintomas, como dor persistente na garganta, rouquidão, dificuldade em engolir e caroços no pescoço, pode levar a um diagnóstico precoce e melhores resultados de tratamento.