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Estado de Minas JULHO VERDE

Câncer de cabeça e pescoço: prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas

Campanha Julho Verde conscientiza sobre cuidados necessários para evitar a manifestação ou evolução do sexto tipo de câncer mais incidente no mundo


27/07/2022 11:32 - atualizado 27/07/2022 12:44

Endocrinologista examinando a garganta de uma jovem
São esperados mais de 36.600 novos casos da doença apenas neste ano (foto: Freepik/Divulgação)
Hoje (27/7) é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. A data faz parte da Campanha Julho Verde, que tem como objetivo alertar a população para prevenção e promover mais conscientização dos cuidados necessários para evitar a manifestação ou evolução desses tumores.

 

O câncer de cabeça e pescoço é uma definição genérica para tipos de tumores malignos que podem aparecer na boca, na orofaringe, na laringe (cordas vocais), no nariz, nos seios nasais, na nasofaringe, na órbita, no pescoço e na tireoide.

De acordo com a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), esse tipo de câncer é o sexto mais incidente no mundo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 40 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço a cada ano. Só em 2022, de acordo com o Instituto, são esperados mais de 36.600 novos casos da doença.

 

Sinais e sintomas

 

Os sintomas podem incluir o aparecimento de um nódulo, uma ferida que não cicatriza, irritação ou dor de garganta que não melhora, dificuldade para mastigar, engolir, mover a mandíbula ou a língua, dormência na boca, área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca, mau hálito persistente e alterações na voz ou rouquidão.

 

Leia também: Como o câncer da tireoide está relacionado ao câncer de mama 

 

José Guilherme Vartanian, Head do Departamento de Cabeça e Pescoço, destaca a importância do diagnóstico precoce, que desempenha um papel crucial na cura do paciente. "O diagnóstico e o tratamento tardio causam uma perda significativa na qualidade e expectativa de vida do paciente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor", afirma.

 

Diagnóstico

 

Um dos principais desafios para o câncer de cabeça e pescoço é o diagnóstico precoce. De acordo com o Inca, no Brasil, 76% dos casos desse tipo de câncer só são diagnosticados em estágios avançados, o que dificulta o tratamento e reduz as chances de cura.

 

O desconhecimento sobre a doença é um fator de atraso no diagnóstico desses pacientes. "Na maioria dos casos, o paciente demora a chegar no serviço especializado, e isso atrasa tanto o diagnóstico como o tratamento. É essencial a prevenção, buscar informações sobre os cânceres de cabeça e pescoço, assim como acontece com o câncer de mama e de próstata. O desconhecimento sobre a doença é um fator de atraso no diagnóstico", alerta Clineu Gaspar, cirurgião de cabeça de pescoço da Fundação São Francisco Xavier.

 

Fatores de risco

 

Os principais fatores de risco são o tabagismo e o etilismo. Juntos, eles aumentam em mais de 50 vezes o risco de uma pessoa ter câncer de cabeça e pescoço no decorrer da vida, principalmente após os 50 ou 60 anos, de acordo com o Inca.

 

Atualmente também existe a infecção por HPV (papiloma vírus) como fator de risco para o câncer de orofaringe, embora na população brasileira esse tipo de tumor corresponda de 7 a 10% dos casos. Dessa forma, 90% dos tumores de cabeça e pescoço são causados pelo cigarro e pelo álcool.

 

Tratamento

 

O tratamento normalmente é realizado com cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Conforme o tipo, podem ser indicados quimioterapia e radioterapia ou, até mesmo, radioterapia isolada. "Tudo vai depender do tamanho desse tumor e se há ou não a presença de metástase. Mas o tratamento da maioria é a cirurgia, seguida de quimio e radioterapia", enfatiza o cirurgião.

 

Leia também: Câncer de boca: 8 entre 10 pacientes são ou foram tabagistas 

 

 

A boa notícia é que os estudos de câncer de cabeça e pescoço têm avançado nos últimos anos. Cada vez mais são realizadas cirurgias minimamente invasivas, feitas por vídeos, e cirurgias robóticas. Também tem aumentado o número de medicamentos mais eficientes, como os imunoterápicos.

As radioterapias mais localizadas no tumor também têm reduzido os efeitos adversos nos tecidos não doentes.


* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata


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