
Como anda sua caixa de e-mail? Ou mesmo a fila de mensagens no whastapp? Demandas além da conta e o outro ávido por respostas rápidas e imediatas?
Gerd Altmann /PixabayOs gatilhos e o peso do imediatismo

'O termo 'e-ansiedade' serve mais para especificar o gatilho da ansiedade, no caso, a internet, para representar uma categoria à parte da ansiedade típica', explica o psicólogo e coordenador do curso de psicologia da Estácio BH, Thales Vianna Coutinho
Jair Amaral / EM/D.A Press.O psicólogo destaca que há gatilhos que podem desencadear a “e-ansiedade”. “Sim. A “e-ansiedade” incorpora no termo o próprio gatilho dela: as pressões da internet. Como, por exemplo, quem se sente pressionado para produzir no home office”. E as consequências? “A e-ansiedade é uma preocupação em relação às possíveis consequências catastróficas que nos esperam no futuro e, como tal, acionam um modo de funcionamento da mente humana que visa o imediatismo. Afinal, quando nos sentimos ameaçados, a tendência natural é focar em soluções imediatas. O problema é que ao fazer isso, perdemos a capacidade de nos organizar para demandas de médio e longo prazo que, muitas vezes, são fundamentais para a solução do que estamos enfrentando”.
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Livre da culpa
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Como não há saída, é preciso se cercar de alguns cuidados, barreiras e, sim, colocar limites. “A tendência a querer ignorar o problema ou se entorpecer de alguma forma são estratégias intuitivas que muitos utilizam para lidar com a ansiedade, mas sem sucesso. Por isso, em casos de ansiedade patológica, a psicoterapia é necessária. Afinal, a psicoterapia trabalha justamente para ajudar o paciente a remar contra os vieses intuitivos ineficazes. Portanto, acreditar que o problema não existe, não vai resolvê-lo. É necessário reconhecer a existência da ansiedade, os limites da sua capacidade produtiva, os direitos trabalhistas e, levando tudo isso em conjunto, tomar decisões sobre os episódios específicos de forma clara, consistente e livre da culpa."
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