Um novo estudo publicado na revista eClinicalMedicine, nesta terça-feira (31/1), mostra que o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados contribui para aumentar o risco de incidência e morte por diversos tipos de câncer. Pesquisadores da Imperial's School of Public Health produziram a avaliação abrangente sobre a associação e os riscos dos ultraprocessados.
A pesquisa usou o banco de dados alimentares da UK Biobank, com 197.426 participantes de idades entre 40 e 69 anos, recrutados na Inglaterra, Escócia e País de Gales. O projeto aconteceu entre 2009 e 2012 com a ingestão alimentar avaliada por meio de um recordatório, uma espécie de cronograma alimentar, de 24 horas autoadministrado. Em resumo, o estudo aplicou a classificação alimentar atribuindo cada alimento e bebida a um dos quatro principais grupos de alimentos e finalidade do processamento alimentar:
1 - Alimentos não processados ou minimamente processados: frutas, vegetais, leite e carne
2 - Ingredientes culinários processados: açúcar, óleos vegetais e manteiga
3 - Alimentos processados: vegetais enlatados em salmoura, pães e queijos feitos na hora
4 - Alimentos ultraprocessados: refrigerantes, pães industrializados produzidos em massa, salgadinhos doces ou salgados embalados, 'cereais' matinais, produtos de carne reconstituída e alimentos prontos para consumo/aquecidos
"Ao final do período, quase 16 mil destas pessoas desenvolveram algum tipo de câncer e outras quatro mil morreram pela doença," conta a pesquisadora Kiara Chang, primeira autora do estudo, da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres. Entre os achados nessa pesquisa, o mais preocupante foi o surgimento do câncer de ovário, que é considerado raro, e o aumento da mortalidade pelo câncer de mama entre a população feminina.
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A Organização Mundial da Saúde e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação já recomendaram a restrição de alimentos ultraprocessados como parte de uma dieta saudável e sustentável.
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins
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