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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Michelle Obama revela sua luta contra a síndrome da impostora

Síndrome do impostor (a) não é doença mental. Mas se não for tratada, pode se associar a outros distúrbios mentais como depressão, fobias e irritabilidade


15/11/2022 09:25 - atualizado 15/11/2022 09:29

Michelle Obama aplaude ao lado de seu retrato oficial da Casa Branca, durante uma cerimônia, em Washington
Michelle Obama, ex-primeira dama dos EUA, em um de seus livros lançado este ano, abriu o coração ao expor um drama pessoal: a superação e a luta contra desafios emocionais (foto: Mandel NGAN / AFP)
A única primeira dama negra da história dos Estados Unidos, Michelle Obama, não tem medo de expor suas fragilidades e demonstrar os percalços sofridos ao longo de sua trajetória de vida. Tanto que, em um de seus livros lançado este ano, a esposa do ex-presidente Barack Obama abriu o coração ao expor um drama pessoal: a superação e a luta contra desafios emocionais, como a síndrome da impostora.

Michelle Obama relata na obra “Nossa luz interior – superação em tempos incertos” como desacreditava de sua própria capacidade como mulher e como profissional. No fundo, ela sentia que ela era uma fraude, sofria com uma inferioridade ilusória. Mas do que se trata essa síndrome?

A psicanalista Andréa Ladislau explica que a síndrome da impostora não é uma doença mental. Afeta homens e mulheres e é um típico padrão de comportamento que descreve uma sensação e uma mistura de sentimentos que ocorrem quando não se acredita que és merecedora de algo.

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"Quando, de forma inconsciente, ignoramos nossos méritos e questionamos insistentemente, nossas competências. Se não for tratado pode até se associar a outros distúrbios mentais, tais como: depressão, fobias, irritabilidade, alterações de humor, elevação do complexo de inferioridade, entre outros", alerta a psicanalista.

Autodepreciação, sentimentos negativos e sem perceber o próprio valor

Andréa Ladislau conta que esse comportamento se manifesta quando a pessoa acredita ocupar um lugar que não merece e se sente enganando pessoas. "O indivíduo se coloca como um verdadeiro impostor, evita falar sobre suas conquistas e se coloca no papel de errado ou culpado pelo que tem. Apresenta uma autoestima muito baixa e pode ser facilmente manipulado. Sente medo do que as pessoas pensam, por medo de ser julgado e descoberto em suas farsas".

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Tanto que, destaca a psicanalista, essa pessoa está sempre em busca de aprovação, além de se autodepreciar e demonstrar enorme instabilidade emocional e insegurança sobre as capacidades e o merecimento daquilo que se conquistou e/ou o lugar que se ocupa.

"Assim como ocorreu com a sra. Obama, quem sofre com a síndrome da impostora (o) tem uma tendência a alimentar sentimentos de negatividade e a valorizar demais as conquistas do outro, sem perceber seu próprio valor", avisa a psicanalista.
Andréa Ladislau lembra que frases como: “eu não sou inteligente” e “não tenho talento” são típicas de quem recebe o diagnóstico. "E podemos destacar ainda, como principais sintomas os discursos autodepreciativos, a necessidade constante de reavaliar o próprio trabalho, a fuga de situações que possam colocar o indivíduo no centro das atenções, o trabalho além do necessário e o medo de ser “descoberto”. Além disso, sentimentos como medo, insegurança, fobia social, alterações de humor, timidez são frequentes".

O tratamento é a psicoterapia

O tratamento para essa síndrome é a psicoterapia. O profissional de saúde mental irá trabalhar com técnicas específicas para neutralizar todos os gatilhos que disparam essas sensações destrutivas, auxiliando no reconhecimento das potencialidades para que a pessoa possa assumir seu crescimento pessoal.

"Portanto, se você se identificou com esses sintomas ou reconhece que alguém próximo possa estar sofrendo com eles, é preciso agir.  Michelle Obama, por meio da ajuda psicanalítica, buscou fortalecer a autoestima e as emoções, valorizando cada pequena vitória e olhando, cautelosamente, para todas as dificuldades e o empenho empregado para se alcançar algo. É preciso ter a consciência de que a cura está dentro de si, eliminando os pensamentos ilusórios que impedem seu próprio crescimento pessoal e limita seus passos". alerta a psicnalista Andréa Ladislau.

Alguns sinais do impostor (a)

  1. Sentimento de não pertencimento
  2. Procrastinação
  3. Autossabotagem
  4. Autodepreciação
  5. Ingratidão
  6. Autocrítica excessiva
  7. Comparação
  8. Acreditar que tem de se esforçar demais, mais do que as outras pessoas, o perfeccionismo
  9. Medo de se expor
  10. Querer agradar a todos
  11. Estabelecer metas que não pode cumprir, o que resulta em falhas e confirma suas crenças sobre ser 'uma fraude'
  12. Sentimento constante de não ser qualificado
  13. Dificuldade de aceitar feedback positivo
  14. Dificuldade em diferenciar o que realmente é do que são crenças
  15. Sentimento de raiva, esgotamento e tristeza, assim como estado estressante de autovigilância constante.


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