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Estado de Minas SAÚDE MENTAL

Socializar é prevenir contra a depressão e a ansiedade

Ir ao cinema, sair com amigos ou ter um hobby ajuda a manter o equilíbrio e previne contra o aparecimento de doenças da saúde mental


07/07/2022 12:55 - atualizado 07/07/2022 12:55

várias mãos de mulheres unidas, como um time
Sair, encontrar amigos e socializar faz bem à saúde (foto: Bob Dmyt/Pixabay )
Você sabia que alguns pequenos hábitos saudáveis, se inseridos na rotina, ajudam a manter a saúde mental? Parece corriqueiro, mas atitudes simples do dia a dia são grandes “aliadas” quando o assunto é prevenção de doenças mentais. Isso inclui desde bater papo com um amigo até comer em um restaurante ou ir ao cinema em boa companhia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 23 milhões de brasileiros - cerca de 12% da população - apresentam algum tipo de transtorno mental. Número que aumentou com o início da pandemia da COVID-19, principalmente quando falamos de duas doenças comuns dentro da psiquiatria: depressão e ansiedade.
Ainda segundo dados da OMS, desde março de 2020, quando a pandemia se instalou no mundo, os casos de depressão e ansiedade aumentaram 25%, o que pode ser explicado pelo isolamento social, de acordo com o psiquiatra Ariel Lipman, diretor da SIG Residência Terapêutica. "Entre os diversos problemas psíquicos que a pandemia contribuiu a produzir, o afastamento das pessoas foi um dos piores, sem dúvida", enfatiza o psiquiatra.

Bem-estar psíquico

É fato que a grande maioria das pessoas tem necessidade de fazer coisas que as façam sentir bem: ir ao cinema, ao shopping, se reunir com amigos em um bar ou em um restaurante. "Esse contexto faz parte da socialização, uma ação simples, porém extremamente importante e eficaz no combate de transtornos mentais. Uma pessoa que não socializa tem maiores chances de diminuir o seu bem-estar psíquico. E isso pode contribuir para o adoecimento. Depressão e ansiedade estariam entre os transtornos de maior risco", pontua Ariel Lipman.

A depressão afeta cerca de 4% das pessoas de todas as idades no mundo e tem origem multifatorial, mas totalmente controlada junto a um tratamento certeiro e eficaz.

Já a ansiedade, um distúrbio que consiste em extrema preocupação a ponto de interferir na vida cotidiana do indivíduo, pode até gerar ataques de pânico e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Não é segredo para ninguém que, com a pandemia, cresceram os casos de depressão e ansiedade no mundo, principalmente por conta do isolamento social, o que mostra que sair, encontrar amigos e socializar  faz bem à saúde.

Os transtornos psiquiátricos tiveram um “boom” no período: 25% a mais, de acordo com um estudo científico da OMS. “Sem dúvida, a pandemia de COVID-19 foi um dos fatores mais estressantes que as últimas gerações já vivenciaram”, avalia  o médico.

Depressão atinge mais as pessoas que moram sozinhas

Homens e mulheres que moram sozinhos têm até 80% mais chances de desenvolver depressão quando comparados com pessoas que moram com mais gente, de acordo com um estudo da BMC Public Health, desenvolvido no Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional.
A pesquisa deixa explícito que, até mesmo quando falamos de pequenos e simples contatos do dia a dia, como com os pais, marido e filhos, estamos falando também de uma poderosa arma no combate a doenças mentais.

Amizade aumenta a felicidade

três mulheres caminhando e de mãos dadas
Manter a socialização é essencial, mas é importante não forçar uma situação, já que a interação deve ocorrer de forma confortável (foto: silviarita/Pixabay)


É claro que estar perto dos amigos é a melhor forma de socializar-se. Por isso, estar em um bar, no cinema, no shopping, sair com os amigos para um almoço ou encontrá-los em diferentes lugares (academia, trabalho, faculdade) são momentos de bem-estar, em que a pessoa é capaz de esquecer seus problemas e tirar um tempo para se divertir.

Respeitando os limites

Manter a socialização é essencial, mas é importante não “forçar” uma situação, já que a interação deve ocorrer de forma confortável e de acordo com a capacidade e possibilidade de cada um. “Um paciente ainda fragilizado por alguma doença, por exemplo, provavelmente suportará um tempo menor e ‘programas’ mais simples e que exigem menos deslocamento", lembra o psiquiatra.
Ariel Lipman ressalta que as pessoas não são iguais e têm interesses e características distintas. “É fundamental entender o porquê da pessoa não querer socializar. Houve uma mudança? Antes a pessoa gostava e de repente parou de gostar? Há outros sintomas associados? Ao responder essas perguntas, conseguimos entender se há algum quadro psiquiátrico envolvido e dessa forma abordar de maneira correta".

Por outro lado, se uma pessoa socializa pouco e se sente bem dessa forma, não é necessário que ela se force a fazer algo que não é do seu agrado. “Portanto, se há alguma dúvida nesse sentido, o melhor é sempre procurar ajuda especializada”, esclarece o psiquiatra.




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