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Estado de Minas GENIAL/QUAEST

Para 41% dos deputados, relação do governo Lula com o Congresso é ruim

A avaliação negativa está relacionada a uma percepção majoritária na Câmara dos Deputados de que o governo dá menos atenção do que deveria aos parlamentares


10/08/2023 11:20 - atualizado 10/08/2023 12:13
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Lula no Congresso Nacional ao lado de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco
Para a maioria dos deputados, governo Lula não dá a devida atenção aos parlamentares (foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
Nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (10/8), aponta que 41% dos deputados federais acreditam que a relação do governo Lula (PT) com o Congresso é ruim. Apenas para 24% dos parlamentares a relação é positiva; sendo para 32% regular. O restante (2%) não souberam ou quiseram responder.

O levantamento também indica a avaliação da relação do governo Lula entre os deputados que se consideram de esquerda, centro e direita. Na oposição, Lula é avaliado negativamente por 67% dos parlamentares da direita. Mesmo com maiores articulações e concessões do Centrão na estrutura do governo, a rejeição do governo Lula pelos deputados de centro é de 38%. Para 25% dos deputados da direita, a relação é regular, enquanto para os políticos de Centro, 45%.

Ainda segundo a pesquisa, 62% dos deputados de esquerda avaliam como positiva a relação com o Congresso e apenas 5% como negativa. 33% dos esquerdistas avaliam como regular. Por outro lado, apenas 6% dos deputados de direita e 18% dos de centro acreditam que a relação do governo Lula com os parlamentares é positiva.

Atenção do governo


A avaliação regular/negativa está diretamente relacionada a uma percepção majoritária na Câmara dos Deputados de que o governo dá menos atenção do que deveria aos parlamentares

Para 67% dos deputados ouvidos pela pesquisa, o governo Lula dá menos atenção do que deveria aos congressistas. Já para 20%, dá a devida a atenção, e para 7% dá mais atenção do que deveria.

A maioria dos que acham que dá menos atenção são deputados da direita (84%), seguidos dos de centro (72%). Já em relação aos que acreditam que o governo dá a devida atenção, apenas 6% são de direita, 16% de centro, e 49% de esquerda. 
No entanto, o número de parlamentares que acreditam que o governo está dando mais atenção do que deveria é equivalente a três: 7% para os deputados da esquerda e direita; e 6% para os deputados de centro.

Aprovação de agenda 


A pesquisa também questionou os parlamentares quais as chances de o governo Lula aprovar sua agenda. Para 56%, as chances são altas, contra a baixa expectativa de 37%. Entre os parlamentares entrevistados, 6% não souberam ou quiseram responder.

Para os deputados, o fator determinante para que o governo consiga apoio para as aprovações na Câmara é que ele cumpra seus acordos com os líderes partidários e libere emendas parlamentares (40%). Para outros, é ouvir sugestões às propostas antes de apresentá-las (22%), ter boa relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), (15%), e ter apoio popular para as propostas (15%).

Questionados sobre o que o governo deve priorizar no segundo semestre, a maioria (42%) defende a aprovação de medidas arrecadatórias. Outros 23% acreditam que a reforma tributária deve ser a prioridade; 8%, o PL das Fake News; 7%, o orçamento do próximo ano.

Poder de Lira


A pesquisa ainda levantou quem tem o "maior poder" para definir a agenda política. De acordo com a pesquisa, Arthur Lira detém de 51% da influência sobre a agenda, enquanto os líderes partidários, 20%.

Para os parlamentares, a mesa diretora tem 11% de influência, enquanto o Executivo, apenas 6%. O "poder" de Lira é um consentimento em todas as ideologias: para 57% dos políticos de esquerda; 50% de centro; e 51% de direita. 

A pesquisa ainda aponta que para 34% dos deputados, a Mesa Diretora da Casa é alinhada ao governo. Para 41%, é independente; e para 17%, oposição.
 
 

A pesquisa

A pesquisa com os deputados federais foi feita entre os dias 13 de junho a 6 de agosto. Foram realizadas 185 entrevistas, o que é equivalente a 36% do total de parlamentares na Câmara. A margem de erro é de 4.8 pontos percentuais para mais ou para menos. 


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