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Estado de Minas DESPEDIDAS

Deputados veteranos se preparam para deixar a Assembleia de Minas

Eleitos pela primeira vez na década de 1990, Sávio Souza Cruz (MDB), Carlos Pimenta (PDT), Hely Tarqüínio (PV), Dalmo Ribeiro Silva e João Leite (PSDB)


14/12/2022 15:38 - atualizado 14/12/2022 16:25

O deputado estadual mineiro Sávio Souza Cruz
Sávio Souza Cruz (foto) é um dos deputados veteranos que deixa a Assembleia de Minas no início do próximo ano (foto: Euler Junior/EM/D.A Press - 2/12/16)
Cinco deputados estaduais que ingressaram pela primeira vez na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) durante a década de 1990 vão deixar o Parlamento ao fim da atual legislatura, que termina em fevereiro. Sávio Souza Cruz (MDB), um dos mais antigos componentes da Casa fez, nesta quarta-feira (14/12), seu último discurso como deputado estadual. Após seis mandatos, ele decidiu não disputar a eleição deste ano. Ex-secretário de Estado de Saúde e um dos mais antigos componentes da Assembleia, Sávio é tido entre os colegas como um dos mais influentes deputados do estado.

A lista de veteranos de saída tem, ainda, Hely Tarqüínio (PV), Carlos Pimenta (PDT), Dalmo Ribeiro Silva e João Leite - ambos do PSDB. Aos 82 anos, Hely é o mais velho entre os 77 atuais parlamentares. Médico de formação, ele foi eleito deputado pela primeira vez em 1991 e, depois de hiato entre 2003 e 2007, cumpre o quarto mandato consecutivo.

O PSDB, que a partir do próximo ano vai ter apenas um assento na Assembleia de Minas, perdeu dois de seus mais experientes quadros. Ex-goleiro do Atlético e candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2004 e 2016, João Leite se tornou deputado estadual pela primeira vez em 1995. O pedetista Carlos Pimenta chegou ao Legislativo ao lado dele. Quatro anos depois, foi a vez de Dalmo Ribeiro estrear na função.

Mesmo às vésperas do recesso parlamentar, que começa no início da próxima semana, mais de 60 deputados prestigiaram, presencial ou remotamente, a sessão de despedida de Sávio. Engenheiro, ele fez carreira em salas de aula e é chamado de "professor" pelos colegas.

Filho de Lúcio Souza Cruz, deputado estadual entre 1959 e 1979, Sávio foi, também, secretário de Estado de Recursos Humanos e Administração e vereador de Belo Horizonte por dois mandatos.

"Encerro meu mandato, o último dos seis que o voto popular me confiou, com a consciência do dever cumprido e a certeza de ter feito, sempre, o melhor a meu alcance", disse.

Decidido a não tentar a reeleição, Sávio deu apoio a Danilo Guimarães, que se candidatou à Assembleia Legislativa pela Rede Sustentabilidade, mas não venceu. Lucas Lasmar, também filiado à Rede e eleito neste ano, foi outro a contar com o apoio do emedebista. No ano passado, o deputado foi o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Sávio foi festejado por deputados das mais diferentes gerações.

"Saímos juntos (da Assembleia). Combatemos um bom combate", celebrou Dalmo Ribeiro. "É importante ouvir os mais velhos, que antecederam a gente. Eles têm muito a ensinar", assinalou Andréia de Jesus (PT), reeleita para o segundo mandato, revelando ter contado com a ajuda do colega para entender detalhes do funcionamento da Assembleia.

Ontem, Carlos Pimenta também ganhou homenagens dos companheiros de trabalho. "Aprendi que estar aqui é uma honra e uma oportunidade única de representar a população de Minas", falou o pedetista, de base eleitoral no Norte de Minas e nos vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Orçamento deve ficar para o ano que vem

Segundo apurou o Estado de Minas, a tendência é que os deputados estaduais entrem de férias sem votar o texto-base do Orçamento de Minas Gerais para 2023. Isso porque a pauta do plenário da Assembleia está travada desde junho, por causa do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que tramita em regime de urgência. Um acordo entre integrantes do Legislativo e do governo de Romeu Zema (Novo), porém, pode mudar o cenário e destravar a pauta.

O plano de Recuperação Fiscal é visto pela equipe econômica de Zema como solução para aliviar os problemas financeiros do estado, mas deputados temem as contrapartidas do plano e receiam prejuízos aos serviços públicos e ao funcionalismo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou o governo a concretizar a adesão à Recuperação Fiscal mesmo sem o aval dos deputados, mas o Palácio Tiradentes almeja convencer os parlamentares para, assim, dar mais força à proposta. A urgência imposto à Recuperação Fiscal impede que outros temas sejam votados antes do assunto ser analisado pelo conjunto de deputados.

Menor renovação em 20 anos

Se o recesso começar sem a votação do Orçamento estadual, a aprovação dos gastos e despesas terá de ser feita a partir de fevereiro, já na próxima legislatura, que terá 25 caras novas em relação a este ano. A última vez que os deputados mineiros interromperam os trabalhos sem analisar o orçamento ocorreu em 2014, em meio à transição entre os governos de Antonio Anastasia (então no PSDB) e Fernando Pimentel (PT).

O índice de renovação da Assembleia para o próximo ano, próximo a 32%, é o menor dos últimos 20 anos. Além de Sávio Souza Cruz, Hely Tarqüínio, Carlos Pimenta, Dalmo Ribeiro Silva e João Leite, saem, também, nomes como Celise Laviola (Cidadania), Bartô (PL), Guilherme da Cunha, Laura Serrano - ambos do Novo - e Inácio Franco (PV).

 

O atual presidente do Legislativo, Agostinho Patrus (PSD), também vai deixar o posto, pois foi designado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O deputado mais antigo da nova legislatura vai ser Alencar da Silveira Júnior, do PDT. Presidente do América, ele é um dos vice-presidentes da Assembleia e ocupa um dos gabinetes do Legislativo desde 1995.


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