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Estado de Minas SENADO

Alessandro Vieira cobra CPI do MEC: 'Alguém tem dúvida? Precisa investigar'

Senador Randolfe Rodrigues diz que já tem número suficiente de assinaturas para criar a comissão para investigar desvio de verba no MEC


24/06/2022 15:44 - atualizado 24/06/2022 16:05

À bancada, senador Alessandro Vieira (PSDB-SE)
Para Vieira, o presidente do Congresso Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sabe que os requisitos constitucionais estão preenchidos (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) questionou, pelas redes sociais, nesta sexta-feira (24/6), se alguém ainda tem dúvidas sobre a necessidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conseguiu o número mínimo de assinaturas para abertura da comissão. A criação da CPI ganhou força depois da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro. Ele  é acusado de envolvimento em um esquema para liberação de verbas da pasta.

“Alguém ainda tem dúvidas sobre a necessidade de uma CPI do MEC? Agora surgem informações concretas de interferências do presidente da República na investigação. É preciso investigar”, escreveu Vieira nas redes.


Para o senador, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sabe que os requisitos constitucionais estão preenchidos. "Então é só instalar."

Em Portugal, Pacheco disse que, assim que for comunicado oficialmente sobre o pedido de instalação de uma CPI para investigar irregularidades no Ministério da Educação, seguirá todos os trâmites previstos em lei.

Para Pacheco, os fatos revelados até agora, que resultaram na prisão do ex-ministro Milton Ribeiro e de dois pastores ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), são gravíssimos.

Gravações


Mais cedo, foi divulgado que gravações, feitas com autorização da Justiça, foram consideradas pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) como indícios de que o presidente Jair Bolsonaro interferiu na investigação da Polícia Federal (PF) sobre o ex-ministro da Educação.

A investigação consta no material enviado pelo MPF ao Supremo Tribunal Federal (STF).
 

Convesa com a filha

 
Em uma das conversas, com uma filha, em 9 de julho, Ribeiro disse que recebeu uma ligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em que o chefe do Executivo nacional dizia temer ser atingido pela investigação da Polícia Federal (PF).

"A única coisa meio... hoje o presidente me ligou... ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos pra ele, né?", disse Ribeiro para a filha. O trecho está em investigação da Polícia Federal.

"Ele quer que você pare de mandar mensagens?", pergunta a filha.

"Não! Não é isso... ele acha que vão fazer uma busca e apreensão... em casa... sabe... é... é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios, né?", questionou.
 
Ao encaminhar o processo de investigação de Milton Ribeiro ao STF, o juiz federal Renato Borelli cita três conversas em que o ex-ministro demonstra ter medo de operações da Polícia Federal nas investigações sobre a influência de pastores no Ministério da Educação (MEC). Clique aqui para ler a transcrição.

Prisão

 
Milton Ribeiro esteve como ministro da Educação no Governo Bolsonaro entre julho de 2020 e março de 2022. Ele foi preso na última quarta-feira (22/06) pela Polícia Federal (PF) e solto no dia seguinte.

 
A prisão se deu por uma investigação que apura o envolvimento dele nos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e um suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação.

Uma decisão dessa quinta-feira (23) do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinou a suspensão da prisão do ex-ministro


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