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Estado de Minas PALÁCIO TIRADENTES

Acordo entre Novo e União Brasil ganha força, e Bilac pode ser vice de Zema

Deputado federal está em pauta para compor chapa que vai em busca da reeleição; cenário nacional vai refletir nos apoios obtidos pelo governador


04/04/2022 18:01 - atualizado 04/04/2022 19:20

O deputado federal Bilac Pinto (União-MG)
Bilac Pinto se licenciou do mandato na Câmara para compor o governo Zema entre 2019 e 2020 (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 9/10/19)
As conversas pelo apoio do União Brasil à reeleição do governador mineiro Romeu Zema (Novo) têm avançado. Por isso, a tendência é que os partidos caminhem juntos. Como mostrou ontem o Estado de Minas, um dos cotados para ser o vice-candidato na chapa de Zema vem, justamente, do União: o deputado federal Bilac Pinto

O Portal Terra do Mandu, parceiro do EM no Sul de Minas Gerais, apurou que, entre aliados do parlamentar, a dobradinha Zema-Bilac é dada como certa. Apesar disso, interlocutores ligados ao Palácio Tiradentes, ouvidos pela reportagem nesta segunda-feira (4/4), evitam apontar o deputado federal como favorito incontestável ao posto de vice.

Além de Bilac, estão no radar nomes como Marcelo Aro, deputado federal do PP, e Mateus Simões, ex-secretário-geral do governo, e filiado ao Novo. O xadrez, no entanto, pode ter peças tiradas de lugar por causa da ida para o PL do senador Carlos Viana, outro pré-candidato ao Executivo estadual.

Em contato com o EM, Bilac confirmou que a possibilidade de seu partido compor a coligação de Zema tem ganhado força. Apesar disso, disse não se enxergar como o mais cotado para ser o vice. Entre 2019 e parte de 2020, o político foi o secretário de Governo - cargo importante para viabilizar, por exemplo, as articulações junto aos deputados estaduais.

"É uma construção política que tem de ser feita para, dentro da chapa majoritária, dar suporte ao governador", afirmou. "Meu nome vem sempre à lembrança no mundo político em função de já ter estado com eles", completou.

O leque de possibilidades tem, ainda, o PSDB. O partido abriga Paulo Brant, atual vice-governador, que deixou o Novo para ingressar no ninho tucano.

"É preciso dialogar. Há o vice-governador, filiado ao PSDB, Paulo Brant, e candidatos que podem ser inseridos na chapa majoritária", defendeu Bilac.

Apesar de o deputado defender o aprofundamento do debate para a definição dos componentes da chapa de Zema, interlocutores apontaram ao Terra do Mandu que Bilac teria avisado a prefeitos do Sul de Minas, onde tem base eleitoral, de que não será candidato à reeleição.

O movimento pode facilitar as pretensões de Rafael Simões, também do União Brasil, que renunciou à Prefeitura de Pouso Alegre em prol da Câmara dos Deputados, e é apontado como herdeiro do capital político de Bilac.

De Zema a candidatura própria, PSDB estuda opções


Fontes ligadas ao PSDB apontam algumas possibilidades para o caminho do partido. Os rumos, no entanto, passam pelo cenário nacional. No fim do ano passado, quando a direção nacional promoveu prévias para escolher o pré-candidato a presidente, os tucanos de Minas Gerais apoiaram Eduardo Leite, governador gaúcho, derrotado por João Doria, governador de São Paulo.

Em que pese a garantia dada por Doria na última semana de que não vai desistir de disputar o Palácio do Planalto, há quem confie que, no fim das contas, Leite será o candidato. Esse cenário poderia facilitar uma união nacional do PSDB com o Novo - o que, automaticamente, tornaria Zema o candidato da coalizão em Minas.

Entretanto, num cenário em que a candidatura de Leite, o preferido dos mineiros, saia do papel, mas sem a aliança nacional com o Novo, existe a chance de o PSDB precisar montar um palanque em Minas para dar fôlego ao gaúcho.

Na semana passada, o deputado federal Aécio Neves defendeu a tese de que o PSDB deve construir uma candidatura própria em Minas. Ele citou Paulo Brant e o ex-deputado federal Marcus Pestana como nomes capazes de sustentar um palanque próprio.

"Minas Gerais merece mais. Merece uma terceira via, assim como o Brasil. E essa alternativa tem de vir do PSDB, porque temos experiência de gestão, quadros muito qualificados e coragem para tomar as decisões certas na hora certa", assinalou.

Pressão de Bolsonaro pode afastar o PP 


Marcelo Aro é um dos mais fiéis aliados de Zema e líder do governo mineiro na Câmara dos Deputados, cargo inédito, criado no ano passado sob o propósito de facilitar o trânsito do Palácio Tiradentes em Brasília. Ele tenta levar o PP para a chapa de Zema e, se conseguir, deve levar a reboque Agir e Podemos. As três siglas, aliás, defendem o nome de Aro como o vice-candidato. Ele também é cotado para disputar o Senado.

A costura, no entanto, pode enfrentar um impasse mais à frente: isso porque o PP, no plano nacional, está na base aliada a Jair Bolsonaro, do PL, que na semana passada convenceu Carlos Viana a se mudar do MDB para a agremiação liberal. O presidente da República tem pressionado o presidente do PP, Ciro Nogueira, a fim de conseguir que os pepistas caminhem com Viana.

MDB também pode entrar na equação


A já citada aliança nacional em torno de uma terceira via presidencial, composta por PSDB, União e Novo, pode ter, também, o MDB. A transferência de Carlos Viana deixou a legenda sem pré-candidato em Minas. Na edição de ontem do EM, Mateus Simões afirmou que não existem tratativas sobre o assunto, mas deixou as portas abertas.

"É uma conversa que tem de começar agora. Mas, claro: é possível, sim. Temos uma relação muito positiva com a bancada federal do MDB. E, com a bancada estadual, a relação com alguns dos deputados é antiga e muito positiva", pontuou.


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