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Deputado Luis Miranda se queixa de Bolsonaro por fake news no Twitter

Parlamentar diz que presidente não deveria atacá-lo só por ter alertado o presidente sobre suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana


24/06/2021 08:37 - atualizado 24/06/2021 11:32

Deputado Luiz Miranda(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Deputado Luiz Miranda (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O deputado bolsonarista Luis Miranda (DEM/DF) revelou pelo twitter, na madrugada desta quinta-feira (24/6), em uma série de três posts, indignação com Bolsonaro.


Luis Miranda é irmão do servidor público Luis Fernando Miranda - que diz ter avisado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em reunião no Palácio do Planalto, sobre suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin.

“Cobramos no dia 20/03, 22/03, 23/03 e 24/03, e tenho certeza que tomou a melhor decisão para travar, tanto que até hoje não efetuou nenhum negócio. Então porque me atacar com Fake News através do @onyxlorenzoni???? Só tentei combater uma possível corrupção. Deus sabe da verdade!”, postou o deputado, refrindo-se ao alerta que diz ter feito ao presidente sobre a suspeita do irmão - servidor concursado, que ocupa cargo de confiança no Ministério da Saúde, responsável pela importação de vacinas, remédios e  insumos -, de irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.



O ministro Onyx Lorenzoni  foi o escalado pelo governo para rebater a denúncia feita pelo servidor ao O Globo na tarde dessa quarta-feira (23/6). O servidor Luis Fernando contou que esteve reunido com o presidente, encontro que aconteceu por sugestão do deputado, quando o alertou da possibilidade de superfaturamento no preço da vacina indiana. Onyx disse que houve adulteração dos documentos mostrados ao presidente.

“Diga a verdade PR @jairbolsonaro, e que de fato estivemos com o Senhor dia 20/03 e denunciamos uma irregularidade na aquisição da Covaxin e que o Senhor deu o devido tratamento ao caso, conforme informou que o DG da PF receberia os documentos ainda no dia 20/03.

Apelo a Deus

O deputado do DEM apelou até para Deus para demonstrar a sua indignação com o presidente.

“PR@jairbolsonaro você fala tanto em Deus e permite que eu e meu irmão, sejamos atacados por tentarmos ajudar o seu governo, denunciando para o Senhor indícios de corrupção em um contrato do @minsaude ! Sempre te defendi e essa é a recompensa?”, postou o parlamentar.

Quem é o deputado Luis Miranda

Bolsonarista de raiz, o deputado Luis Miranda sempre se apresentou como defensor da reforma tributária, conforme matéria publicada na Folha de S.Paulo. Entretanto, ele dedicou até recentemente parte do mandato para responder às acusações de estelionato e crimes eleitorais. O Tribunal Supeior Eleiroral (TSE) o absolveu das acusações.

Antes de ser deputado, Miranda fazia sucesso nas redes sociais dando dicas de como empreender e conseguir o visto de permanência nos Estados Unidos, onde morou.

Com esse capital político, mesmo sem morar em Brasília havia quatro anos, ele conseguiu se eleger ao receber 65,1 mil votos nas eleições de 2018 para uma das oito cadeiras reservadas para o Distrito Federal na Câmara dos Deputados.

Também foi o sucesso nas redes sociais que levou Miranda a responder por suspeita de corrupção, fraude, abusos do poder econômico e dos meios de comunicação social e de compra de votos durante a campanha eleitoral.

Denúncia feita ao TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) em 2019 alegava que o então pré-candidato realizou o sorteio de dois celulares aos seguidores que mais interagissem em uma live transmitida em 14 de agosto de 2018, dois dias antes do começo oficial da campanha.

O resultado do sorteio, no entanto, foi divulgado em 18 de agosto, quando a campanha já havia começado.

Para os partidos e suplentes que protocolaram a ação (Patriota, PR, Paulo Fernando da Costa, Laerte Bessa e Joaquim Roriz Neto) isso representaria compra de voto e abuso de poder econômico, pois os smartphones tinham alto valor, o que desequilibraria a disputa eleitoral.

A denúncia ainda afirmava que Miranda usou o próprio cartão de crédito para patrocinar o post do sorteio na internet e que essas despesas deveriam ter sido pagas por meio de uma conta exclusiva da campanha.

Mais denúncia

Conforme a reportagem da Folha, em outra denúncia apresentada em 2019, o deputado foi acusado sob suspeita de estelionato pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios). Ele e outras duas pessoas teriam apresentado um cheque falso para pagar uma dívida de aluguel, em 2010.

Na época, Miranda era o fiador de um imóvel alugado no Distrito Federal. Porém, nem ele nem o locatário teriam quitado os aluguéis, o que resultou em uma ação de despejo movida pela empresa dona do imóvel.

Com a instauração do processo, um terceiro teria procurado a empresa a mando dos dois para fazer um acordo. Os denunciados aceitaram pagar o valor de R$ 11,5 mil em dois cheques.

Um dos cheques, no valor de R$ 7.500, estava em nome de pessoas não envolvidas na locação. O outro teria sido emitido pela Fitcorpus, clínica de estética fundada por Miranda.

Segundo o MP, um deles era falso e o outro não foi debitado por insuficiência de fundos. Em defesa, o deputado disse que acreditava ser vítima de um erro e que não tinha relação com o cheque fraudado. Ele também apresentou um documento de quitação da dívida.

Uma suposta vítima desistiu das acusações, o que levou o MP a se manifestar pela extinção da ação. Em dezembro de 2020, a Justiça do DF extinguiu o processo.

Reportagem produzida pelo Fantástico, da Rede Globo, em 2019 também tratou de acusações contra Miranda. O programa ouviu 25 pessoas que relatavam ter sido vítimas de promessas não cumpridas de investimentos prometidos pelo parlamentar, quando morava nos EUA.

Uma delas disse que teve um prejuízo de cerca de R$ 150 mil.

Elas afirmavam que o deputado oferecia investimentos em negócios com lucros muito acima do normal, como a compra e venda de veículos de leilão. Miranda teria prometido lucro líquido por mês de 6%, que seria dividido entre ele e o cliente. No entanto, as vítimas contam que os ganhos não eram repartidos. O deputado nega as acusações.


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