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Estado de Minas POLÍTICA

Engler quer escolas cívico-militares, propõe retorno às aulas e promete combater 'ideologia de gênero'

Ao Estado de Minas, candidato bolsonarista detalhou propostas para o setor educacional


28/10/2020 14:00 - atualizado 28/10/2020 14:33

Segundo Engler, a capital mineira não aderiu às escolas cívico-militares propostas pelo Ministério da Educação (MEC) por 'motivos ideológicos'(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Segundo Engler, a capital mineira não aderiu às escolas cívico-militares propostas pelo Ministério da Educação (MEC) por 'motivos ideológicos' (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler (PRTB) tem a ideia de transportar, à realidade local, o projeto de escolas cívico-militares encabeçado pelo governo federal. Em entrevista ao Estado de Minas, o deputado estadual revelou seus planos para a educação municipal — cujas instituições estão fechadas desde meados de março, em virtude da pandemia do novo coronavírus.

Segundo Engler, a capital mineira não aderiu às escolas cívico-militares propostas pelo Ministério da Educação (MEC) por “motivos ideológicos” do prefeito Alexandre Kalil, chamado de “pessoa de esquerda” por ele.

“Vamos aderir ao modelo do MEC, com verba da União. Depois, e com certeza será um sucesso, vamos buscar parcerias com o governo do estado e a PM, para fazer um colégio cívico-militar nos moldes do Tiradentes, que também é um sucesso”, asseverou.

Engler diz ser favorável à retomada das atividades presenciais nos colégios municipais e particulares, mas quer modelos de ensino remoto disponíveis. “Precisamos implementar o sistema misto: voltamos com as aulas presenciais, mas oferecemos o ensino remoto para pais e alunos que não se sentirem seguros. A educação municipal está completamente parada em Belo Horizonte”, protestou.

Questionado pela reportagem sobre possíveis dificuldades que jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica podem ter para frequentar aulas virtuais, afirmou estar disposto a buscar soluções para o problema junto à iniciativa privada. 

“Teríamos que ver a situação de cada família, aqueles que têm — ou não — condição de receber o ensino em casa. Muitos em situação vulnerável podem estar querendo voltar ao ensino presencial. Pretendemos buscar parcerias com o setor privado para criar um meio de a educação chegar à casa das pessoas. Parar a educação não pode ser a solução. Os alunos da rede municipal ficam atrasados em relação ao resto, o que certamente vai causar um prejuízo muito grande”, observou.

‘Ideologia de gênero’

Enquanto falava sobre educação, Engler citou uma suposta “ideologia de gênero” ministrada nas escolas. O conceito, segundo ele, corresponde ao ensino “de que homem não nasce homem, mulher não nasce mulher e que gênero é uma coisa fluida”.

“A educação sexual tem que ser ensinada dentro do contexto da biologia, para os alunos que já têm idade apropriada para entender o sistema reprodutor. (Para) ficar ensinando conteúdo sexualmente explícito, ideologia de gênero e sexualidade, além de ideologia LGBT nas escolas, não acho que há espaço”.

Assim como seu “padrinho” político, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado protestou contra o que chamou de “kit gay” pensado durante o tempo do PT no Palácio do Planalto. O material, pensado para combater homofobia em instituições de ensino, nunca chegou a ser distribuído.


As entrevistas

De quinta (22) até o próximo dia 12, o Jornal da Alterosa promove, em dias úteis, entrevistas de cinco minutos com os candidatos a prefeito de Belo Horizonte. O noticiário vai ao ar às 19h15. Antes de participar do programa televisivo, Engler foi sabatinado por jornalistas do Estado de Minas

As matérias sobre a entrevista ao EM estão sendo publicadas ao longo desta quarta, na internet. Na quinta, a edição impressa trará um resumo dos principais pontos abordados durante a conversa. 

Fabiano Cazeca (Pros), Rodrigo Paiva (Novo) e Nilmário Miranda (PT) também já foram sabatinados.
 

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Eleições 2020: como votar, datas e horários

O primeiro turno das eleições 2020 será em 15 de novembro e, caso seja necessário no seu município, o segundo turno será realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas eleições, o horário de votação é das 7h às 17h. O horário entre 7h e 10h é preferencial para maiores de 60 anos.

Com as novas medidas diante da pandemia do coronavírus, preparamos um guia com tudo que você precisa saber para votar nas eleições 2020.

O que muda nas eleições 2020?

Muitas mudanças foram feitas pela Justiça Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o período eleitoral de 2020. Além disso, os eleitores também terão de se adaptar às novas normas para os dias de votação, como a abertura antecipada das seções eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  


Como justificar o voto nas eleições 2020?

Os eleitores poderão optar por justificar o voto de três formas: 
  • No dia das eleições: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a ausência em qualquer local de votação, das 7h às 17h. O eleitor deverá ter o número do título, um documento oficial de identificação e o formulário de justificativa preenchido.

  • Depois das eleições: preenchendo o formulário de justificativa em qualquer cartório eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em até 60 dias após a votação.

  • A justificativa também poderá ser feita no aplicativo e-Título.

Eleições 2020 em Belo Horizonte

Na capital mineira, 15 candidatos disputam as eleições para prefeito. Conheça quem são os candidatos e o perfil de cada na corrida rumo à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Já para vereador, Belo Horizonte conta com mais de 1,5 mil candidatos. Alguns apostaram em apelidos e codinomes bem inusitados para conseguir votos.



Para acompanhar a cobertura completa das eleições em BH, acesse nosso especial

Para saber mais sobre as Eleições 2020 em Minas Gerais, leia também a cobertura completa das eleições na Grande BH e nas regiões Centro-OesteLesteNorteSul de MinasTriângulo Mineiro e Zona da Mata.

 


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