O parlamentar, no entanto, não cogita repassar recursos à Parada (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e representante do PRTB na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, o deputado estadual Bruno Engler é contrário à utilização de dinheiro público para bancar a Parada do Orgulho LGBTQIA+. Em entrevista ao Estado de Minas, ele criticou a postura do atual chefe do Executivo municipal, Alexandre Kalil (PSD), que, na edição do ano passado, orientou os presentes a darem um “foda-se” aos preconceituosos.
“É uma pessoa que se coloca contra os valores conservadores, vai a uma parada LGBT — e tem todo o direito de ir — e fala que aquilo é lindo e maravilhoso, além de falar um palavrão para quem é contra. Foi um ‘foda-se’ para boa parte da população de BH, que não acha que a parada de LGBT é um evento bacana. Tem o direito de ocorrer, mas você não pode dizer um palavrão para boa parte da população belo-horizontina”, afirmou Engler.
Ele garante que, se eleito, dará apoio logístico ao evento, por meio de questões como a oferta de banheiros químicos e participação da prefeitura na montagem do esquema de segurança.
O parlamentar, no entanto, não cogita repassar recursos à Parada. “Eu, ao contrário do prefeito, não estou virando para as pessoas, falando um palavrão e desmerecendo-as”, sustentou o candidato, que disse ver Kalil como um representante das esquerdas.
Carnaval deve ser bancado por dinheiro privado
Bruno Engler defende, ainda, que a Prefeitura de Belo Horizonte deixe, gradativamente, de ser responsável pela subvenção que banca parte dos custos do carnaval de rua da cidade. A ideia do filiado ao PRTB é transferir a responsabilidade à iniciativa privada.
“A prefeitura não pode impedir a festa de funcionar; pelo contrário: deve dar estrutura. Mas acho que o carnaval de BH está num ponto em que pode ser financiado por empresas privadas, com parcerias de naming-rights, como já começamos a observar, ou outros tipos de parcerias. Não precisamos de grande investimento público, mas a prefeitura tem que dar estrutura, como segurança e banheiros químicos”, propôs.
“Precisamos ir diminuindo a verba do carnaval e passando o investimento à esfera privada, para que o dinheiro público possa ser melhor aplicado, em serviços que duram o ano inteiro”, justificou.
As entrevistas
De quinta (22) até o próximo dia 12, o Jornal da Alterosa promove, em dias úteis, entrevistas de cinco minutos com os candidatos a prefeito de Belo Horizonte. O noticiário vai ao ar às 19h15. Antes de participar do programa televisivo, Engler foi sabatinado por jornalistas do Estado de Minas.
As matérias sobre a entrevista ao EM estão sendo publicadas ao longo desta quarta, na internet. Na quinta, a edição impressa trará um resumo dos principais pontos abordados durante a conversa.
Fabiano Cazeca (Pros), Rodrigo Paiva (Novo) e Nilmário Miranda (PT) também já foram sabatinados.
Primeiro turno de votação nas eleições 2020 será em 15 novembro. Confira nosso guia
Eleições 2020: como votar, datas e horários
O primeiro turno das eleições 2020 será em 15 de novembro e, caso seja necessário no seu município, o segundo turno será realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas eleições, o horário de votação é das 7h às 17h. O horário entre 7h e 10h é preferencial para maiores de 60 anos.
Muitas mudanças foram feitas pela Justiça Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o período eleitoral de 2020. Além disso, os eleitores também terão de se adaptar às novas normas para os dias de votação, como a abertura antecipada das seções eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas eleições 2020?
Os eleitores poderão optar por justificar o voto de três formas:
No dia das eleições: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a ausência em qualquer local de votação, das 7h às 17h. O eleitor deverá ter o número do título, um documento oficial de identificação e o formulário de justificativa preenchido.
Depois das eleições: preenchendo o formulário de justificativa em qualquer cartório eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em até 60 dias após a votação.