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Estado de Minas

Valor menor que o pedido por Zema pelo nióbio não garante 13º, diz Levy

Deputados querem limitar o período de antecipação da verba dos royalties, mas secretário afirma que estado precisa dos R$ 4,5 bilhões que pediu


postado em 25/10/2019 10:44 / atualizado em 25/10/2019 12:36

O secretário Otto Levy afirmou que o dinheiro do nióbio chega duas semanas após a aprovação(foto: Daniel Protzner )
O secretário Otto Levy afirmou que o dinheiro do nióbio chega duas semanas após a aprovação (foto: Daniel Protzner )

Os recursos para pagar o 13º salário do funcionalismo público e outras dívidas do governo de Minas levarão cerca de duas semanas para chegar aos cofres estaduais, depois que a proposta que permite antecipar créditos do nióbio for aprovada pela Assembleia Legislativa. O cálculo foi informado nessa quinta-feira pelo secretário de Planejamento e Gestão Otto Levy, que garantiu que a operação financeira não vai prejudicar governos futuros.

Segundo Otto Levy, no entanto, para ser possível pagar o benefício natalino dos servidores e a primeira parcela da dívida de repasses com os prefeitos, em janeiro, o Executivo precisa da aprovação da proposta da forma que foi enviada.

Aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, a proposta está na pauta da próxima reunião da Comissão de Administração Pública, na terça-feira (29). O texto permite ao governo obter cerca de R$ 4,5 bilhões em créditos da exploração do nióbio devidos até 2032.


Como esse período engloba o governo atual e os dois próximos, parte dos deputados começou a pressionar para reduzir o período de antecipação do dinheiro 12 anos para quatro anos. Os parlamentares querem ainda a garantia de que a verba servirá para o pagamento do 13º salário.

“Há boa vontade da Assembleia em tramitar o projeto de antecipação de recebíveis da Codemig. Dois temas que estão sendo debatidos são a vinculação dos recursos para pagamento do 13º e débitos com municípios bem como o prazo de 2032. Essa discussão está sendo feita em vários Blocos”, afirmou o líder do bloco de oposição André Quintão (PT).

Valor menor


Em resposta à articulação, o secretário afirmou nessa quinta-feira que os planos do governador Romeu Zema (Novo) podem ser prejudicados com uma eventual mudança. “Se limitar o prazo, o valor fica menor e não dá para fazer tudo que é necessário. Os 12 anos é pra gente levantar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, se limitar isso cai para um terço, aí fica uma situação muito complexa”, afirmou o secretário Otto Levy.

Em uma conta linear, se o estado conseguir antecipar os royalties do nióbio somente dos próximos quatro anos, viriam cerca de R$ 1,5 bilhão para os cofres estaduais, valor inferior a uma folha mensal de pagamento do funcionalismo.

Questionado sobre a intenção dos deputados de limitar o período para não envolver gestões posteriores, Otto Levy disse estar aberto a qualquer dúvida do Legislativo, mas reforçou. “É importante esse prazo de 12 anos e que o valor não seja inferior a R$ 4,5 bilhões”.

O secretário disse ainda que não há nenhuma restrição pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “Não vamos estar comprometendo absolutamente 100% dos recursos dos governos vindouros, é apenas parte dos recurso”, disse.

Levy afirmou que o Legislativo está sensível à situação e disse acreditar que a operação do nióbio será aprovada em tempo hábil para garantir o pagamento do 13º.

Consignados


O secretário Otto Levy também informou, nessa quinta-feira, que o governo de Minas quitou a dívida com o Banco do Brasil relativa aos servidores que pegaram empréstimos consignados. A última gestão, do ex-governador Fernando Pimentel (PT), havia descontado os valores na folha dos servidores mas não repassou o dinheiro, de acordo com Levy.

“O estado fechou um acordo com o Banco do Brasil sobre o problema dos consignados e, em setembro, pagou toda a dívida existente. Mais de 200 mil (servidores) foram afetados no governo passado e agora pagamos essa dívida que foi de mais de R$ 400 milhões”, afirmou.


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