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Estado de Minas PANDEMIA

Comissão do SUS não recomenda cloroquina para tratamento da COVID-19

Conitec decidiu não recomendar remédios do 'kit COVID-19' no tratamento da doença. Na CPI da Pandemia, ministro Queiroga evitou polemizar com senadores


17/05/2021 11:23

Medicamentos que integram o chamado %u2018kit covid%u2019, como a cloroquina, não estarão presentes na recomendação do tratamento contra a COVID-19(foto: AFP)
Medicamentos que integram o chamado %u2018kit covid%u2019, como a cloroquina, não estarão presentes na recomendação do tratamento contra a COVID-19 (foto: AFP)
A recomendação da cloroquina e de outros medicamentos para o tratamento de pacientes com COVID-19 no Brasil sofreu um revés importante. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) decidiu, em avaliação inicial, não recomendar os medicamentos do chamado 'kit covid' para o tratamento hospitalar dos pacientes infectados pelo novo coronavírus. O documento, contudo, ainda passa por consulta pública e voltará a ser avaliado pela comissão em outra reunião.

 

A Conitec se reuniu na última quinta-feira (13/5) para definir as diretrizes brasileiras no tratamento hospitalar do paciente com COVID-19. Segundo apurou o Correio com fonte da comissão, os medicamentos que integram o chamado ‘kit covid’, como a cloroquina, ivermectina e outros, não estarão presentes na recomendação do tratamento contra a COVID-19.

 

O grupo de pesquisadores abordou na reunião todos os medicamentos em estudo ou com algum resultado contra a doença, inclusive cloroquina, ivermectina. No entanto, a plenária — formada por representantes do Conselho Federal de Medicina (CMF), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de outros órgãos — não recomendou esses medicamentos no tratamento hospitalar da doença.

 

Análise preliminar 

No entanto, a análise é preliminar. Precisa ser encaminhada a consulta pública e, em seguida, passar por nova deliberação da Conitec. Os documentos analisados na reunião desta semana só devem ser liberados para consulta pública na semana que vem.

 

“Após essa avaliação inicial, todos os temas serão submetidos à consulta pública, em seguida à publicação no Diário Oficial da União, e disponibilizados no site da comissão”, informa a nota da Conitec. Diante do contexto de urgência da pandemia, o prazo para a consulta pública será de 10 dias.

 

Qualquer pessoa pode enviar contribuições técnico-científicas, como de experiência ou opinião, por meio dos formulários eletrônicos que serão disponibilizados no site. Depois dessa etapa, a discussão volta para avaliação final da Conitec. “O relatório com a recomendação da Conitec, após finalizado, será encaminhado para subsidiar a decisão do Ministério da Saúde acerca do tema”, diz a comissão.

 

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou de responder sobre o uso de cloroquina em pacientes com covid-19, afirmando que a avaliação precisa passar pela referida comissão. "Essa é uma questão técnica que tem que ser enfrentada pela Conitec", disse, durante a CPI.

 

Outras tecnologias

Outras deliberações feitas pela comissão na reunião de quinta (13) foram sobre o medicamento casirivimabe + imdevimabe no tratamento da covid-19 e o procedimento de oxigenação por membrana extracorporal (ECMO) para pacientes com síndrome respiratória aguda grave, que ficou conhecido popularmente por ter sido utilizado no tratamento do ator Paulo Gustavo.

 

Na ocasião, as duas tecnologias foram encaminhadas para consulta pública com parecer desfavorável. Ou seja, a incorporação ao SUS não foi recomendada.

 

A comissão explica que “leva em consideração aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e a segurança, além da avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já existentes e o seu impacto orçamentário.” 

 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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