Desde o início da pandemia, 51.376 militares da ativa foram infectados pelo novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Defesa compilados até a última quinta-feira (8). O número representa 14,7% do efetivo de 350 mil pessoas das três Forças — Exército, Marinha e Aeronáutica — que estão na ativa. No total, foram 91 óbitos, o equivalente a 0,17% do efetivo infectado.
Do total de infectados, 45.264 (88,1%) militares se recuperaram e 6.018 (11,7%) estão em acompanhamento médico, segundo o ministério. A pasta afirma que, como os militares atuam na linha de frente do combate à pandemia, o percentual de infectados é superior à média nacional. Com 13 milhões de casos de covid-19 registrados no país, a taxa de infecção é 6,4%. Entretanto, especialistas apontam que o registro de casos está subnotificado, pois a testagem no país é ineficiente.
Em entrevista ao Correio Braziliense no mês passado, o atual comandante do Exército, general Paulo Sérgio, que na ocasião era autoridade máxima de Saúde na Força, informou que o Exército conseguiu manter uma taxa de mortalidade abaixo da média nacional, graças a diversas medidas adotadas internamente.
O militar explicou que foram adotadas medidas restritivas. Os servidores do grupo de risco trabalhavam de casa, e as cerimônias foram suspensas em todos os quartéis. Também houve um esforço na conscientização sobre uso de máscara e higienização das mãos. Na entrevista, o general contou que o Exército já se prepara para uma terceira onda.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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