(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Esquema de fraude em concurso público de prefeitura de Minas é investigado

Polícia Civil compriu oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Caratinga, Piedade de Caratinga, Ipanema e Pocrane


06/06/2023 05:35 - atualizado 06/06/2023 05:59
432

material apreendido pela polícia civil
Durante mandado de busca e apreensão, polícia recolheu quatro celulares, dois notebooks, um HD externo e documentos (foto: PCMG/Divulgação)

Um esquema de fraude em um concurso público, que aconteceu em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, no último dia 28 de maio, é investigado pela Polícia Civil. 

 

Nessa segunda-feira (5/6), oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra candidatos suspeitos nas cidades de Caratinga, Piedade de Caratinga, Ipanema e Pocrane.

 

Durante os trabalhos policiais, foram apreendidos quatro celulares, dois notebooks, um HD externo e documentos. Os suspeitos serão intimados e ouvidos oportunamente em inquérito policial.

 

Denúncia

De acordo com a Polícia Federal, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recebeu um vídeo informando sobre a possível fraude no referido concurso  no dia 26 de maio. A denúncia especificava, inclusive, quais candidatos seriam beneficiados.

 

 

Diante disso, o MPMG propôs uma reunião com a presença de representantes do órgão, do Executivo de Piedade de Caratinga e da PCMG. Na ocasião, ficou acordado que a Polícia Civil fiscalizaria o concurso no dia da aplicação das provas. Todos os gabaritos das provas foram digitalizados para eventual conferência posterior, caso a fraude se concretizasse.

 

Na última sexta-feira (2/6), o Ministério Público recebeu um e-mail anônimo informando sobre o vazamento das provas e gabaritos para os cargos de advogado do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), dentista protesista e enfermagem com especialização em estomaterapia. 

 

No e-mail, estavam anexadas as provas em arquivo colorido, diferentemente da impressão das provas realizadas pelos candidatos no dia 28, em preto e branco. Os gabaritos também estavam em arquivo com data anterior à prova (27/5).Em análise no site oficial da banca organizadora do concurso, apurou-se que as provas não foram divulgadas, comprovando o vazamento.

 

Investigação

Diante dos indícios, a Polícia Civil passou a investigar os candidatos suspeitos de terem fraudado o concurso, identificando três pessoas que concorreram aos cargos de advogado do Cras, dentista protesista e enfermagem com especialização em estomaterapia, as quais possivelmente teriam tido acesso às provas e aos gabaritos antes da data da realização do concurso.

 

 

Conforme apurado, os três candidatos obtiveram 39 acertos em 40 questões, errando todos eles a pergunta de número 15, o que reforça a fraude segundo a PC.

Assim, a PCMG representou pela expedição dos mandados de busca e apreensão com o objetivo de reunir outros elementos informativos para subsidiar a investigação.

 

A apuração da PCMG pretende esclarecer quem teria disponibilizado as provas e os gabaritos, os candidatos beneficiados com o vazamento e a eventual fraude no processo licitatório para contratação da banca examinadora. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)