
Segundo uma das organizadoras, Joana Pereira, o cortejo é aberto. "Normalmente em alguns grupos a bateria é fechada e as pessoas vão para ver, mas no caso do Zodíaco, é só chegar e tocar, além de poder levar instrumentos de percussão, sopro e pernas de pau", explica.
O calendário do zodíaco é diferente, e os signos variam nas datas de início e fim. Por isso, a cada mês, o desfile homenageia algum deles. A única regra é que a festa aconteça em um domingo. "Somos 11 pessoas na organização, e dentro desse grupo, acordamos a melhor data. A regra é sair no domingo. Por exemplo, fizemos desfile em homenagem ao signo de peixes, que terminava no dia 20 de março, e saímos dia 19. O próximo ainda não tem data, mas é pensado de acordo com esse calendário", diz.
Além dos astros, o grupo apoia causas sociais e abraça uma questão a cada desfile. No último, apoiaram uma ONG e recolheram 10 mil absorventes que serão doados. "Já no mês passado, recolhemos roupas e acessórios para as pessoas trans em situação de vulnerabilidade social, com apoio da ONG Transveste e da Cellos BH".
A organizadora também destaca a importância de democratizar o carnaval e de como o grupo busca atuar em prol dessa ideia. "Nosso objetivo é festejar, mas sempre lembrando das questões sociais. O carnaval é um ato político e saímos para as ruas como forma de ocupação do espaço público. Procuramos fazer em locais diferentes para dar oportunidade para as pessoas que não podem frequentar lugares fechados, para aprenderem a tocar um instrumento e poderem se divertir. É uma forma de democratizar a situação", finaliza.
