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Estado de Minas TRANSPORTE PÚBLICO

Greve do metrô de BH: estações abertas e trens rodando normalmente

Mesmo com o anúncio de paralisação da categoria, todas as estações do metrô da capital estão abertas nesta terça-feira (14/2)


14/02/2023 06:33 - atualizado 14/02/2023 06:59

trem do metrô de Belo Horizonte
Mesmo após anúncio de greve, o metrô de BH está funcionando normalmente na manhã desta terça-feira (14/2) (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Todas as estações de metrô de Belo Horizonte estão abertas na manhã desta terça-feira (14/2) e o serviço está operando normalmente, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG). No horário de pico desta manhã, as viagens terão intervalo de cerca de 12 minutos.

 

Na última sexta-feira (10/2), o sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) decidiu entrar novamente em greve por tempo indeterminado. A paralisação total estava marcada para às 00h de hoje.

 

De acordo com o diretor da Federação Nacional dos Metroviários, Pablo Henrique, a decisão da nova greve foi tomada para pressionar pela revogação do leilão do metrô da capital e contra a privatização do transporte.

 

Logo depois do anúncio de greve, a CBTU reagiu com surpresa ao anúncio de nova paralisação e informou que está tomando todas as medidas administrativas e judiciais possíveis para garantir o serviço de transporte metroviário na cidade durante o Carnaval.

 

Na noite de ontem, a companhia ajuizou ação cautelar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para tentar impedir a paralisação total do serviço. Em comunicado à imprensa, a CBTU disse que “respeita o direito de greve”, mas, por outro lado, entende que “a Constituição federal, em seu artigo 30, estabelece que o transporte coletivo é um serviço essencial à população”.

 

Ao solicitar uma liminar para impedir a efetivação do movimento paredista, a companhia argumentou ainda que a paralisação sem manutenção de escala mínima é “abusiva”. 

Entenda o caso

De acordo com o diretor da Federação Nacional dos Metroviários, Pablo Henrique, a decisão da nova greve foi tomada para pressionar pela revogação do leilão do metrô da capital e contra, consequentemente, a concessão do transporte. 

 

Entre idas e vindas, com paralisações totais ou parciais, a greve dos metroviários teve início em 25 de agosto, um dia após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a abertura do edital para concessão do serviço.

 

No entanto, mesmo com as constantes reivindicações da categoria, o leilão aconteceu em 22 de dezembro, quando o metrô de BH foi arrematado por R$ 25.755.111 pela empresa paulista Comporte Participações S/A. O edital prevê a modernização da linha 1 e a criação de uma nova linha.

 

Antes do leilão, os metroviários de BH questionaram, especialmente, o preço fixado em R$ 19,3 milhões pelo governo no lance inicial. "Além das 35 composições, nós temos 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e as edificações ao longo do trecho. A CBTU está sendo oferecida a preço de banana", avaliou o Sindimetro na ocasião. 

 

O investimento projetado, ao logo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação.

 

As tentativas para frear a concessão do metrô da capital não partiram somente dos funcionários da CBTU, mas de outras instituições. No início de dezembro, membros do PT acionaram a Justiça Federal para pedir a suspensão do processo. 

 

De acordo com o documento, a verba de R$ 2,8 bilhões dos cofres federais criaria uma despesa futura, tendo que ser assumida pelo novo governo. O pedido aponta que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impediria medidas desta natureza nos últimos dois quadrimestres da gestão de Jair Bolsonaro (PL). 

 

Porém, o pedido foi negado já que, na avaliação do juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRF 1), não existe o "alegado desvio de finalidade em relação ao crédito especial", uma vez que o montante está contemplado no orçamento para o próximo governo. 


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