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Estado de Minas ZONA DA MATA

Ataques de pitbull: Minas registra oito ocorrências em dois meses

Casos ocorreram nas cidades de Juiz de Fora e Santos Dumont, na Zona da Mata mineira. Levantamento foi divulgado pela Polícia Militar


22/01/2023 20:11 - atualizado 22/01/2023 23:32

pitbull
Oito ataques de pitbulls foram registrados em Juiz de Fora e em Santos Dumont (foto: Pixabay/Reprodução)
O pelotão de meio ambiente da Polícia Militar (PMMG) fez um levantamento e constatou que, nos dois últimos meses de 2022, oito ataques de pitbulls foram registrados em Juiz de Fora e em Santos Dumont. Desses, um caso resultou em morte.
 
No dia 25 de outubro, uma idosa de 74 anos morreu ao ser atacada por um pitbull do filho dela, no Bairro Mundo Novo, na Zona Sul de Juiz de Fora. Esse foi o primeiro ataque desse levantamento feito pela PM. 
 
A lista também conta com o caso de uma criança que foi atacada por um pitbull abandonado em Santos Dumont, um PM que estava em serviço e outras crianças. 
 
Veja a lista de ataques de pitbulls registrados em Juiz de Fora e Santos Dumont:
 
25/10 - Uma idosa de 74 anos morreu no Bairro Mundo Novo, em Juiz de Fora;
 
16/11 - Uma criança foi atacada no Bairro Linhares, em Juiz de Fora;
 
21/11 - Um Policial Militar foi atacado durante o exercício da profissão no Bairro São Pedro, em Juiz de Fora;
 
6/12 - Uma criança foi salva do ataque de um pitbull pelo cão da família, na cidade de Santos Dumont;
 
11/12 - Pessoas e animais foram atacados por um pitbull em um evento de castração, no Bairro Jóquei Clube 2, em Juiz de Fora;
 
14/12 - Uma criança foi atacada por um pitbull no Bairro de Lourdes, em Juiz de Fora;
 
25/12 - Uma criança foi atacada no Bairro Parque Independência, em Juiz de Fora;
 
28/12 - Uma criança foi atacada pelo pitbull da família, em Juiz de Fora
 
“A Lei nº 16.301, de 7 de agosto de 2006, decreta que no estado de Minas Gerais os cães das raças Pitbull, Doberman, Rottweiler e outros de porte físico e força semelhantes com mais de 120 dias de vida, devem utilizar equipamentos de contenção na condução em via pública e no transporte do animal, sobretudo aqueles que os impeçam de efetuar ataques e desferir mordidas, o que inclui a focinheira. Em nenhum dos ataques recentes, os cães usavam focinheira”, explicou o tenente Júlio César de Almeida, comandante do pelotão de Meio Ambiente da PM em Juiz de Fora. 
 
De acordo com o tenente, a legislação em Minas Gerais determina que cães de grande porte devem ser registrados para um maior controle e fiscalização do poder público. A reportagem do Estado de Minas procurou o Corpo de Bombeiros, mas eles não responderam às nossas perguntas. 
 

Cachorros abandonados

 
Em alguns dos casos relatados pela Polícia Militar, o cachorro que realizou o ataque era um animal em situação de rua. Em nota, a prefeitura de Juiz de Fora informou que há uma percepção no aumento do abandono desses animais. 
 
 
“O aumento no número de abandono de animais de raças específicas se dá por conta do crescimento descontrolado dos criadores para venda clandestina de animais. O custeio de um animal de raça é alto, assim, os atuais tutores que criam sem regras e normas, ao não conseguirem cuidar e tratar de seus animais, os abandonam”, informou a PJF. 
 
Leonardo Lanna, professor do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), explica que os donos desses cães de grande porte devem buscar a socialização dos animais desde quando eles são filhotes. 
 
“Os cães de grande porte precisam de espaço, principalmente as raças mais ativas, que precisam gastar energia. É essencial que o processo de socialização com outros cães e com seres humanos tenha início ainda quando filhotes e que passem pelo devido adestramento, para que se tornem adultos com bom relacionamento com pessoas e outros animais”, informou. 
 
 
O professor também explicou que esses animais dão indícios de quando estão começando a ficar nervosos e propensos a atacar outros animais ou pessoas. 
 
“É importante que os responsáveis estejam atentos a sinais de agressividade, como rosnado, cauda rígida e erguida, orelhas levantadas e pelos arrepiados. Ao identificar esses sinais, deve-se consultar um veterinário para verificar se existe alguma alteração clínica que justifique a agressividade. Se não for o caso, poderá ser feito o encaminhamento a um especialista em comportamento canino”, disse Lanna. 
 

Em caso de ataque, vá para o hospital

 
O tenente Júlio César de Almeida explicou que, em caso de ataque, há formas de o dono evitar que o cachorro de grande porte machuque animais ou pessoas. 
 
“Se ocorrer, tente direcionar o ataque. Se não conseguir evitar o ataque, você pode tentar utilizar uma bolsa, uma mochila ou qualquer objeto disponível para tentar direcionar a mordida do cachorro. No caso de um cão pequeno, você pode usar o seu próprio tênis”, explicou. 
 
 
Já a prefeitura de Juiz de Fora explicou que as vítimas de ataques caninos devem ser encaminhadas imediatamente para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) para receber o tratamento e também a vacina anti-rábica.
 
"Como em qualquer acidente envolvendo pessoas e animais, o procedimento correto é levar a vítima para o pronto-atendimento, realizar a vacinação da pessoa atacada e observar o animal. A vacina antirrábica e o soro antirrábico são disponibilizados pelo Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS)”, informou. 
 
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a prefeitura de Santos Dumont para saber se há algum trabalho feito pelo Executivo para evitar cães de grande porte abandonados pela cidade. Também questionou quais são as orientações para os donos e as vítimas de ataques caninos. No entanto, a prefeitura não respondeu. 


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