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Estado de Minas VANDALISMO

Funcionária de escola vandalizada em Contagem: 'muito medo'

Escola de Contagem foi invadida durante a madrugada e vandalizada. Paredes foram pichadas com frases e símbolos neonazistas


29/11/2022 11:51 - atualizado 29/11/2022 13:06

Na foto, escola depredada com símbolos da suástica e cadeiras reviradas no pátio
Funcionários e professores da Escola Municipal José Silvino Diniz relatam se sentirem ameaçados e com medo (foto: Edesio Ferreira/EM/DA Press)
Funcionários e professores da Escola Municipal José Silvino Diniz, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, relatam se sentirem ameaçados e com medo após a depredação da unidade nesta terça-feira (29/11). A instituição foi invadida durante a madrugada e pichada com frases e símbolos neozanistas.

Quando chegaram para trabalhar nesta manhã, funcionários e professores encontraram vidros de janelas e carteiras quebrados, vasos de plantas revirados, pichações de suástisca, o maior símbolo do nazismo, e o nome do Hitler. Também havia uma frase com ameaças à diretora do colégio.

Uma funcionária, que preferiu não se identificar, lembrou os ataques às escolas do Espírito Santo, que ocorreram na última sexta-feira (25/11), temendo que algo semelhante aconteça na unidade. “Eles falam que foi só uma brincadeira de criança, mas o que fica pra gente é o medo. Vamos ficar esperando pra ver o que vai acontecer?”, questiona.

O vandalismo teria sido motivado por um jogo nas redes sociais. A “brincadeira” inclui desafios, que envolvem desde a depredação da escola até tentativa de assassinato. No Instagram, familiares de alunos encontraram um perfil com as iniciais da escola, onde são publicados vídeos do interior do colégio e partes do suposto jogo. A informação está sendo investigada pela Polícia Civil.
 
Veja o vídeo: 
 



Mães de alunos da escola também expõe o temor das crianças em voltar para a aula. “Meu menino de 10 anos já não quer vir para escola. Eu tive que tranquilizá-lo e dizer que ele não precisa voltar até que isso seja resolvido. Minha sobrinha, que é um pouco mais nova que ele, acabou chorando com a notícia”, relata uma mãe que também preferiu não ser identificada. A escola suspendeu as aulas de hoje. 

Os moradores do bairro descrevem a escola como um ambiente tranquilo e sem grandes problemas. Apesar disso, essa é a quarta ocorrência de depredação na unidade só neste ano. “Nunca imaginei que algo assim fosse acontecer”, afirma Joyce de Jesus, de 34 anos, mãe de uma menina de 9 que estuda na escola municipal. Os outros dois filhos de Joyce, hoje com 14 e 16 anos, também estudaram na unidade.


Segurança


Joyce aponta um relaxamento na segurança do local desde o último ano. “Tinha uma câmera aqui em frente, que foi retirada e eu só fiquei sabendo disso hoje. Antes também costumava ficar mais guardas aqui na porta”, relata.

A Guarda Municipal promete intensificar o policiamento nos arredores da unidade. "Vamos intensificar todo o patrulhamento no período noturno. A escola já tem toda uma dinâmica no período diurno, então, vamos intensificar à noite", declara o comandante da corporação Wedisson Luiz.


Mais casos de vandalismo


Outra escola na região também foi invadida na madrugada de hoje. A Escola Municipal Professora Maria Martins, conhecida como "Mariazinha", que fica a menos de 6 km da Escola Municipal José Silvino Diniz, teve vidros e câmeras quebrados.

Não foram encontradas referências neozasistas na unidade, mas a polícia investiga se o episódio pode estar relacionado aos ataques na escola do bairro Solar do Madeira.

“O momento é muito precoce. Estamos apurando com cautela, com cuidado", disse o comandante da Guarda Municipal.


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