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Estado de Minas ALÍVIO A NOVA LIMA

Barragem sobre Macacos deve ser desmanchada 2 anos antes do previsto

Descaracterização da Barragem B3/B4 da Vale, em Nova Lima, deve ser concluída em 2025 e não em 2027. Cerca de 200 pessoas deixaram área afetada


29/06/2022 17:47 - atualizado 29/06/2022 18:19

Caminhão remotamente controlado opera na Mina de Mar Azul, no desmanche descaracterização da barragem B3/B4 sobre Macacos em Nova Lima
Equipamentos remotamente controlados já removeram 36% dos rejeitos da Barragem sobre Macacos (foto: Vale/Divulgação)
O desmanche (descaracterização) da Barragem B3/B4 da Vale, na Mina de Mar Azul, em Nova Lima, foi encurtado em dois anos, podendo ser concluído em 2025 em vez de 2027. Isso pode trazer de volta quem vivia ou trabalhava na Zona de Auto-Salvamento do distrito de São Sebastião das Águas Claras (Macacos).

A notícia traz esperança de retorno a 200 pessoas removidas preventivamente do local, que estão vivendo ou trabalhando fora dessa zona desde fevereiro de 2019, por serem áreas onde as pessoas poderiam ser direta e imediatamente atingidas em caso de rompimento.

"A previsão para a conclusão da descaracterização da barragem é em 2027, mas a tendência do momento, a julgar pelo ritmo das intervenções e estabilidade da estrutura, é finalizar a obra em 2025, dois anos antes do previsto", informou a Vale.

Até o momento, cerca de 36% dos rejeitos do reservatório da B3/B4 foram retirados. "O esvaziamento da barragem é a principal etapa do trabalho de eliminação da estrutura", afirma a Vale.

A atividade está sendo executada por equipamentos não tripulados, sem ninguém dentro dos caminhões, escavadeiras e tratores que realizam a retirada dos rejeitos. A operação do maquinário se dá a partir do Centro de Operações Remotas, estruturado pela empresa a cerca de 15 quilômetros da barragem.

A B3/B4 está em nível 3 de emergência, o mais crítico que equivale a risco iminente de ruptura, ao lado da barragem Sul Superior (Barão de Cocais) e Forquilha III (Itabirito), também da Vale, e da Barragem de Serra Azul, da ArcelorMittal.

A empresa já eliminou sete, de 30 estruturas a montante, como a B3/B4, que têm o mesmo processo construtivo das represas que se romperam em Brumadinho (2019) e Mariana (2015). Mais cinco barramentos têm conclusão da descaracterização prevista até o final deste ano.

Operador controla remotamente por monitor e controles a Mina de Mar Azul, no desmanche descaracterização da barragem B3/B4 sobre Macacos em Nova Lima
Operador controla remotamente o maquinário que descaracteriza a Barragem B3/B4 (foto: Vale/Divulgação)
"As obras de eliminação da barragem B3/B4 já geraram 6,2 mil empregos desde 2019. Cerca da metade dos postos de trabalho gerados são em Nova Lima (MG) e região. Essa é uma forma de contribuir para a geração de emprego e renda nas localidades impactadas diretamente pelas atividades de descaracterização", infotmou a Vale.

Barreira contra rejeitos terá melhorias de drenagem

A Vale informou que começou nesta semana com as obras que vão aliviar a retenção de água das chuvas na barreira criada entre Macacos e a Barragem B3/B4, para que a estrutura não contribua com alagamentos.

São intervenções para aumentar a capacidade de vazão da chamada Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ). Serão construídos três túneis, com objetivo de reduzir o volume de água acumulada na estrutura em períodos de chuva intensa, como as ocorridas em janeiro de 2022.

A estrutura de contenção construída para a barragem B3/B4, assim como as demais ECJs para as barragens em nível 3 de emergência da Vale (Sul Superior, em Barão de Cocais; e Forquilha III, em Itabirito), faz parte do programa de descaracterização de barragens da Empresa e segue a normativa da ANM no que se refere à adoção de medidas para mitigar possíveis impactos em um eventual rompimento.

Nesse cenário, as ECJs cumprem o papel de conter os rejeitos. Elas foram concebidas e construídas de forma emergencial e acompanhadas pelas empresas de auditoria independentes que fazem parte dos Termos de Compromisso firmados com o Ministério Público de Minas Gerais. As contenções são descomissionáveis, ou seja, podem ser desmontadas quando não forem mais necessárias.

"Cerca de 100 empregos serão gerados para a execução das atividades na contenção. A estrutura foi projetada para permitir a passagem do fluxo da água a partir de seu vertedouro e sistema de comportas. Os novos túneis irão aumentar a capacidade de escoamento de água. Os trabalhos devem ser finalizados neste ano e a empresa adotará todas as medidas necessárias para reduzir os impactos à comunidade", onformou a Vale.

Não haverá tráfego de caminhões para transporte de materiais nas ruas do distrito de Macacos e os acessos internos em área da empresa serão umectados para controlar a emissão de poeira. Além disso, atividades que geram ruídos não serão realizadas após as 22 horas.


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