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Estado de Minas TRANSPORTE

Em greve há 30 dias, metroviários de BH protestam em frente à CBTU

Paralisação dos metroviários é a segunda maior desde 2012; ainda não há previsão para a retomada das atividades


19/04/2022 10:38 - atualizado 19/04/2022 13:46

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Metroviários protestam em frente a CBTU nesta terça-feira (19/4) (foto: Edésio Ferreira/D.A Press/E.M )
Ao completar 30 dias de greve, os metroviários em Belo Horizonte se reuniram nesta terça-feira (19/4) em frente à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no bairro Floresta. O ato busca pressionar a CBTU e o Governo Federal para um acordo. 

Ainda sem perspectivas de negociação, a categoria não planeja assembleia ao longo da semana e não há previsão de retomada normal do trabalho. Desde 21 de março, o metrô não funciona nos horários de pico e os trens rodam em horário reduzido, das 10h às 17h.  

Considerada a maior paralisação dos metroviários da capital mineira desde 2012, o movimento é contrário à privatização do metrô de BH e reivndica a manutenção da estabilidade dos cargos ou a realocação dos funcionários em outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbana (CBTU) pelo país quando for concedido à iniciativa privada.

Até o momento, a categoria, por meio do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), não obteve uma resposta do Executivo Federal, responsável pela privatização. Ao Estado de Minas, o Ministério da Economia afirmou que não comentará o assunto. 

“Não fomos procurados em nenhum momento pelo Governo Federal. No momento estamos tentando uma movimentação parlamentar para que nosso pleito seja levado ao Ministério da Economia”, afirma o presidente do Sindimetro, Romeu Machado.

O sindicalista enfatiza que a categoria busca a garantia de que todos os trabalhadores serão reaproveitados em outras unidades do CBTU ou em outros órgãos da administração pública federal. “Garantido isso, encerramos a greve imediatamente”, reiterou Romeu.  

Na última semana, o Sindimetro informou que um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) foi proposto pela CBTU. O documento, no entanto, não foi aprovado pela categoria, já que a paralisação não está associada ao ACT, mas sim ao emprego dos 1,6 mil servidores metroviários concursados. 

"Não gostaríamos de estar em greve. Somente duas partes estão sendo prejudicadas: a população, que fica na ausência do transporte e nós, trabalhadores, que teremos as horas e dias descontados neste período de greve", completa o presidente do sindicato. 

Outro lado

Em nota, a CBTU informou que "tem tomando todas as medidas judiciais e administrativas possíveis na tentativa de suspender o movimento paredista". Isto inclui solicitações de aumento da multa diária, estipulada em R$ 30 mil.

Segundo a Companhia, os metroviários descumprem, desde 21 de março, decisão do TRT que estabelece o funcionamento do metrô nos horários de pico.

Já a Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que "foram adotadas todas as providências ao alcance da União e da CBTU". Também em nota, o órgão afirmou: "apenas a Justiça tem o poder de colocar fim à greve, caso julgue o dissídio coletivo apresentado pela CBTU e considere abusiva a paralisação. Até o momento, o TRT 3 não colocou em pauta para o julgamento do referido processo sobre a ilegalidade da greve". 

De acordo com a União, o Sindimetro optou por encerrar o canal de diálogo com o Governo Federal em reunião realizada no último dia 15 e "continuar desrespeitando uma ordem judicial". 


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