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Estado de Minas PATRIMÔNIO

Ouro Preto faz intervenção no Morro da Forca, onde casarão histórico caiu

Segunda etapa vai contemplar retirada de escombros do imóvel do século 19, na encosta com 80 metros de altura


03/03/2022 17:09 - atualizado 03/03/2022 17:20

Intervenção em Ouro Preto
Material retirado na construção do talude será usado em aterramento de avenida (foto: NENO VIANNA/PREFEITURA DE OURO PRETO/DIVULGAÇÃO)
Com o sol firme, depois da chuvarada de janeiro até meados de fevereiro, tem início a primeira etapa de uma intervenção importante para o patrimônio cultural de Ouro Preto, na Região Central de Minas. Desde segunda-feira, 28, equipes trabalham na retirada da terra para estabilizar a encosta do Morro da Forca, no Centro Histórico, onde ocorreu o deslizamento que destruiu, em 13 de janeiro, o Casarão Baeta Neves, do fim do século 19.

Segundo a Prefeitura de Ouro Preto, o processo de retaludamento do Morro da Forca começa com a retirada da terra e demais rejeitos provenientes, na chuva, do deslizamento de parte do Morro da Forca a fim de dar estabilidade ao maciço. O material será usado no aterramento de parte da Avenida Lima Júnior, conhecida como “Curva do Vento”, onde houve erosão devido às fortes chuvas.

Em nota, a prefeitura informou que “a previsão é de que as duas obras durem 45 dias trabalhados, em condições climáticas favoráveis à execução das obras”. O serviço com recursos da prefeitura está a cargo da empresa de engenharia Destroy Desmonte Técnicos do Brasil Ltda.

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'Barulho ensurdecedor', diz moradora de Ouro Preto sobre desabamento


Casarão em Ouro Preto
Casarão ficou destruído após deslizamento (foto: NENO VIANNA/PREFEITURA DE OURO PRETO/DIVULGAÇÃO)
Também na nota, o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, destacou o caráter técnico da obra: “Tudo tem seu tempo e sua hora, muitas pessoas têm opiniões diferentes do que deveria ser feito no Morro da Forca, porém precisamos seguir um planejamento, tendo um parecer favorável dos geólogos e dos engenheiros, e por isso a obra está começando agora”.

Já o secretário de Obras, Antônio Simões, explicou o funcionamento das atividades. “É importante ressaltar que as atividades têm a previsão de 45 dias trabalhados, ou seja, as obras param em dias chuvosos, retornando assim que forem atestadas a segurança da equipe e a estabilidade do terreno”. 

ESCOMBROS HISTÓRICOS

De acordo com a Prefeitura de Ouro Preto, a segunda fase será dedicada aos escombros do Casarão Baeta Neves, o primeiro em estilo neocolonial de Ouro Preto e parte do conjunto arquitetônico reconhecido como Patrimônio Mundial, em 1980, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938. Os serviços, ainda sem data para começar, vão contar com uma equipe multidisciplinar, incluindo arqueólogos e historiadores, na tentativa de se encontrarem elementos da construção inaugurada em 1906.

Logo após o deslizamento de terra e destruição do casarão, sem vítimas, o Iphan informou que o imóvel estava interditado desde 2012, quando o correu o deslizamento de um trecho da encosta, comprometendo um anexo existente na parte posterior do lote. Pouco antes do ocorrido em 13 de janeiro, a Defesa Civil de Ouro Preto, juntamente com a Guarda Civil Municipal, interditou as vias de entorno, após indícios de movimentação de terra. A área vinha sendo monitorada pela Defesa Civil desde o final de 2021, por ocasião das fortes chuvas na região.


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