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Estado de Minas SAÚDE

Falta de médicos obriga Fhemig a fechar 10 leitos de UTI em BH

Governo de Minas, contudo, garante assistência aos pacientes do Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro


02/01/2021 13:49 - atualizado 02/01/2021 16:51

Eduardo de Menezes é considerado referência no tratamento à COVID-19(foto: Alexandra Marques/Fhemig)
Eduardo de Menezes é considerado referência no tratamento à COVID-19 (foto: Alexandra Marques/Fhemig)
Dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Eduardo de Menezes, localizado no Bairro Bonsucesso, em Belo Horizonte, na Região do Barreiro, precisaram ser fechados por falta de médicos. O hospital é administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), órgão ligado ao Governo de Minas.

“Mediante a alta rotatividade de profissionais médicos e pedidos de rescisões de contratos, houve a necessidade de bloquear 10 leitos de UTI no Hospital Eduardo de Menezes (HEM). A ocupação está em 62% na enfermaria e 100% no CTI. Não houve desassistência aos pacientes durante o processo de bloqueio dos leitos”, informou a Fhemig, em nota emitida neste sábado (02/01).

O Eduardo de Menezes é considerado um dos hospitais mais importantes no atendimento aos pacientes diagnosticados com COVID-19 em BH e Região Metropolitana. De acordo com a Fhemig, há previsão de um chamamento público emergencial na semana que se iniciará na segunda-feira (04/01).

“Hoje, o CTI do HEM conta com 30 médicos, 176 técnicos de enfermagem e 20 enfermeiros, e, para que esses 10 leitos retomem seu funcionamento, é necessária a contratação de, no mínimo, 5 profissionais médicos em regime de 24 horas. Até o momento, já foram realizados 14 chamamentos públicos no HEM”, também informa a nota da Fhemig. 


Desde o início da pandemia, em março de 2020, a SES-MG registrou 12.023 mortos pelas complicações causadas pela COVID-19. Também ao todo, 549.302 casos foram confirmados, com 496.011 recuperados. Os 41.268 restantes seguem em acompanhamento.

"O governo bate cabeça"

O presidente do Sindicato dos Médicos de MG (Sinmed-MG), Fernando Luiz de Mendonça, criticou, neste sábado (2/1), o governo de Minas e afirmou que faltou planejamento e gestão eficiente no enfrentamento à COVID-19. 

"Chega a ser uma vergonha o governo do estado querer culpar a categoria médica pela sua falta de planejamento e gestão", disse. 

Ele destacou que um profissional intensivista demora anos para a sua formação. "E anos são os que faltam da gestão no sentido de planejar e se organizar. Não foi diferente na epidemia. Estamos há meses com a história da COVID-19 e, ainda assim, o governo bate cabeça", disse.

"Ele na verdade não se programou, não planejou e essa alta rotatividade que ele mesmo justifica como falta de médicos, é em função de sua incompetência na gestão de preparar melhor para fazer funcionar aquilo que a população merece", continuou.

Fernando Luiz de Mendonça usou o exemplo do hospital de campanha para justificar, segundo ele, a falta de planejamento do governo estadual. 

"O governo abriu uma unidade que nunca funcionou e, quando na verdade, tinha que se preocupar com recursos humanos e não o que foi feito ao longo de 2020", completou.


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