![Eduardo de Menezes é considerado referência no tratamento à COVID-19(foto: Alexandra Marques/Fhemig) Eduardo de Menezes é considerado referência no tratamento à COVID-19(foto: Alexandra Marques/Fhemig)](https://i.em.com.br/qkmf3PWaAqUchwmZsIWeu5CU63s=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/01/02/1225437/20210102134938441992u.jpg)
“Mediante a alta rotatividade de profissionais médicos e pedidos de rescisões de contratos, houve a necessidade de bloquear 10 leitos de UTI no Hospital Eduardo de Menezes (HEM). A ocupação está em 62% na enfermaria e 100% no CTI. Não houve desassistência aos pacientes durante o processo de bloqueio dos leitos”, informou a Fhemig, em nota emitida neste sábado (02/01).
O Eduardo de Menezes é considerado um dos hospitais mais importantes no atendimento aos pacientes diagnosticados com COVID-19 em BH e Região Metropolitana. De acordo com a Fhemig, há previsão de um chamamento público emergencial na semana que se iniciará na segunda-feira (04/01).
“Hoje, o CTI do HEM conta com 30 médicos, 176 técnicos de enfermagem e 20 enfermeiros, e, para que esses 10 leitos retomem seu funcionamento, é necessária a contratação de, no mínimo, 5 profissionais médicos em regime de 24 horas. Até o momento, já foram realizados 14 chamamentos públicos no HEM”, também informa a nota da Fhemig.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a SES-MG registrou 12.023 mortos pelas complicações causadas pela COVID-19. Também ao todo, 549.302 casos foram confirmados, com 496.011 recuperados. Os 41.268 restantes seguem em acompanhamento.
"O governo bate cabeça"
O presidente do Sindicato dos Médicos de MG (Sinmed-MG), Fernando Luiz de Mendonça, criticou, neste sábado (2/1), o governo de Minas e afirmou que faltou planejamento e gestão eficiente no enfrentamento à COVID-19.
"Chega a ser uma vergonha o governo do estado querer culpar a categoria médica pela sua falta de planejamento e gestão", disse.
Ele destacou que um profissional intensivista demora anos para a sua formação. "E anos são os que faltam da gestão no sentido de planejar e se organizar. Não foi diferente na epidemia. Estamos há meses com a história da COVID-19 e, ainda assim, o governo bate cabeça", disse.
"Ele na verdade não se programou, não planejou e essa alta rotatividade que ele mesmo justifica como falta de médicos, é em função de sua incompetência na gestão de preparar melhor para fazer funcionar aquilo que a população merece", continuou.
Fernando Luiz de Mendonça usou o exemplo do hospital de campanha para justificar, segundo ele, a falta de planejamento do governo estadual.
"Chega a ser uma vergonha o governo do estado querer culpar a categoria médica pela sua falta de planejamento e gestão", disse.
Ele destacou que um profissional intensivista demora anos para a sua formação. "E anos são os que faltam da gestão no sentido de planejar e se organizar. Não foi diferente na epidemia. Estamos há meses com a história da COVID-19 e, ainda assim, o governo bate cabeça", disse.
"Ele na verdade não se programou, não planejou e essa alta rotatividade que ele mesmo justifica como falta de médicos, é em função de sua incompetência na gestão de preparar melhor para fazer funcionar aquilo que a população merece", continuou.
Fernando Luiz de Mendonça usou o exemplo do hospital de campanha para justificar, segundo ele, a falta de planejamento do governo estadual.
"O governo abriu uma unidade que nunca funcionou e, quando na verdade, tinha que se preocupar com recursos humanos e não o que foi feito ao longo de 2020", completou.