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Estado de Minas COVID-19

Prefeitos do interior de Minas cobram mais leitos para enfrentar coronavírus

Em reunião promovida pela Assembleia Legislativa, gestores municipais pedem ajuda para ampliar acolhimento aos pacientes da COVID-19


postado em 17/06/2020 16:42 / atualizado em 17/06/2020 17:47

Onze macrorregiões mineiras têm mais de 70% dos leitos ocupados.(foto: Casa de Caridade de Carangola/Reprodução)
Onze macrorregiões mineiras têm mais de 70% dos leitos ocupados. (foto: Casa de Caridade de Carangola/Reprodução)
A ampliação do número de leitos de terapia intensiva e enfermaria é essencial para barrar a curva de óbitos em virtude do novo coronavírus no estado. Nesta terça-feira, durante reunião virtual promovida pela Assembleia Legislativa, prefeitos de diversas cidades mineiras cobraram a habilitação de novas vagas. O encontro tratou das ações municipais para enfrentar a pandemia.

Nessa segunda-feira, o Estado de Minas mostrou que cinco macrorregiões de Minas Gerais têm 100% das UTIs ocupadas. Ao todo, 23 cidades estão sem vagas de terapia intensiva. Ipatinga, no Vale do Aço, é uma delas.

Os hospitais da cidade são responsáveis por acolher pacientes de 35 localidades do entorno. Há 20 leitos de UTI exclusivos para a COVID-19, além de 40 unidades clínicas. Segundo o prefeito Nardyello Rocha (Cidadania), um cidadão intubado aguarda a vacância de leito de terapia intensiva. A cidade adquiriu 10 respiradores ao custo unitário de R$ 60 mil.

“Acreditamos que, em cinco ou seis dias, teremos os respiradores aqui na cidade, o que vai permitir aumentar um pouco o número de leitos de UTI, que é nosso gargalo do momento”, disse ele. A ideia é, também, obter ventiladores por intermédio do governo estadual.

Nardyello aproveitou para pedir uma estratégia voltada exclusivamente ao Vale do Aço. “Não precisamos mais de conselhos. Precisamos de um Plano de Contingência”, pontuou.

A ocupação das enfermarias ipatinguenses está em cerca de 80%.

Quem também está preocupado é Ioannis Kostantinos, o “Grego” (DEM), prefeito de Muriaé, na Zona da Mata. Segundo ele, o Plano de Contingência que abrange o município prevê apenas o remanejamento de leitos já existentes. “O Plano de Contingência não criou novos leitos, mas simplesmente reservou parte das vagas para todas as patologias, aos pacientes com COVID-19. Temos uma enorme preocupação com o colapso do sistema de saúde em nossa região”, destacou.

Muriaé faz divisa com o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Por isso, o prefeito teme crescimento no número de casos. “Precisamos de medidas urgentes para criar novos leitos. Não podemos admitir que, em nosso estado, pacientes morram por falta de assistência. Não poderemos impedir óbitos, mas temos que nos unir para evitar, ao máximo, o colapso”, completou.

Lavras pede ajuda

Para ampliar o acolhimento aos pacientes, Lavras, no Sul de Minas, precisa de equipamentos. O chefe do Executivo, José Cherem (PSD), destacou que o sistema de saúde municipal precisa de, no mínimo, oito novos respiradores e oito monitores. Segundo ele, além dos 20 leitos de UTI já existentes na cidade, foi possível criar mais 12.

Cherem, contudo, ressaltou a importância da chegada dos equipamentos. “Precisamos de mais respiradores e monitores. Temos condições de aumentar em 80% a capacidade de atendimento em terapia intensiva, mas o que oportuniza, aos paciente graves de COVID-19, a diferença entre viver e morrer, são os respiradores”, clamou.

Uberaba tem índices baixos

Em Uberaba, no Triângulo, 26% das UTIs destinadas exclusivamente ao tratamento do coronavírus estão ocupadas. Nas enfermarias, o índice de ocupação é de 11%. Mesmo assim, o prefeito Paulo Piau (MDB) celebrou o credenciamento, por parte do Ministério da Saúde, de 20 novos leitos de terapia intensiva.

“Isso veio em boa hora, mas precisamos de mais leitos. Nossa curva é crescente, pois a vizinhança tem um número expressivo de casos”, disse, citando a vizinha Uberlândia como exemplo. Nessa terça, a cidade ultrapassou Belo Horizonte e se tornou o epicentro estadual da pandemia.

Internações crescem na Zona da Mata

Nos últimos dez dias, Juiz de Fora, na Zona da Mata, registrou aumento de 20% no número de pacientes hospitalizados em decorrência da infecção. A cidade soma 43 óbitos.

Para o chefe do Executivo municipal, Antônio Almas (PSDB), o aumento é reflexo da situação estadual. “Isso demonstra o crescimento experimentado em todo o estado. Começamos a vivenciar, agora, o momento mais grave vivido por Minas Gerais, o que é visto não apenas em Juiz de Fora”, destacou.

Ele mencionou, ainda, os impactos econômicos impostos pela crise do coronavírus. As quedas na arrecadação de abril e maio, somadas, giram em torno de R$ 38 milhões.


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