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Estado de Minas CORONAVÍRUS

'Não podemos fazer omissão de socorro', afirma Kalil sobre leitos em BH

Apesar de receber pacientes de outros estados, prefeito disse que capital mineira não tem condições de atender interior de Minas


postado em 05/05/2020 18:07 / atualizado em 05/05/2020 20:32

Segundo Kalil, taxa de ocupação de leitos por COVID-19 é menor de 49%(foto: 09/03/2020 - Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Segundo Kalil, taxa de ocupação de leitos por COVID-19 é menor de 49% (foto: 09/03/2020 - Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), pediu atenção com o interior de Minas durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira. Ele disse que, apesar dos hospitais terem leitos disponíveis e até abrigarem pacientes de outros estados do país, a capital mineira não está preparada para atender todo o estado de Minas.

“Peço que ajudem o interior. Não estou aqui fazendo demagogia. Ajudando o interior, estarão protegendo BH”, afirmou o prefeito. “Deixo meu recado pro interior que a situação está ficando perigosa. Sabemos a crise que o estado passa nos últimos anos. Todo mundo se cuide. BH não tem a menor condição de aguentar todo o estado numa situação de piora dessa pandemia.”

Segundo o prefeito, há menos de 49% de ocupação nos leitos exclusivos para COVID-19 em Belo Horizonte. “Estou enlouquecendo e ligo de hora em hora para saber”, disse Kalil, que afirmou que, se o cenário de hoje ocorresse no fim do mês, já seria possível abrir gradualmente o comércio. “É muito importante essa consciência que isso muda em 24 horas. Amanhã posso estar aqui falando que nós entramos em colapso.”

Segundo Kalil, quatro pessoas contaminadas no Pará estão internadas em Belo Horizonte, no Hospital Madre Teresa. “Vieram para se tratar. Claro que temos que olhar isso se essa onda continuar. O que não podemos fazer hoje é omissão de socorro. Se tem lugar, tem que colocar. Se veio do Pará, se veio da Amazonas ou se veio do Rio, é vida humana”, defende o prefeito.
 
Em nota, a assessoria do Hospital Madre Tereza confirmou a existência dos pacientes vindos do Pará e garante estar preparado para ampliar o número de leitos em condições mais urgentes: "O Hospital Madre Tereza é referência para tratamentos clínico e cirúrgicos nas áreas de ortopedia, cardiologia, neurologia, entre outras, recebendo pessoas de outros estados. O Hospital Madre Teresa conta com 10 apartamentos para casos suspeitos, 10 apartamentos para casos confirmados, sendo em alas distintas e uma UTI exclusiva com 10 boxes para os casos mais críticos. O Hospital está preparado para aumentar o número de leitos caso seja necessário, mediante avaliação do comitê de gestão de crise. Atualmente, o Hospital está com 15 pacientes internados, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva e 12 isolados em apartamentos, sendo cinco casos confirmados e 10 suspeitos. Desde o início da pandemia, registramos 17 altas de pessoas curadas e nenhuma morte. Em cumprimento ao Código de Ética Médica, bem como ao Código de Ética Institucional, não serão divulgadas informações sobre o quadro clínico dos pacientes".
 
A reportagem do Estado de Minas solicitou à Secretaria Municipal de Saúde os números atualizados da ocupação de leitos. O texto será atualizado assim que o retorno for recebido.

Reunião com a Granbel

Na última segunda-feira (4), durante reunião com prefeitos que integram a Associação dos Municípios Região Metropolitana de BH (Granbel), o prefeito Alexandre Kalil afirmou que os municípios reclamam de falta de liderança para enfrentar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

“Eles reclamam de falta de liderança, mas eu não vou liderar porque sou prefeito igual a eles. Eu sou prefeito de BH e eles são prefeitos igual a mim. As cidades podem ser menores, mas o problema é igual”, disse Kalil.

O prefeito de BH disse que durante a reunião pediu que os prefeitos que flexionaram o funcionamento do comércio reforcem a fiscalização e o pedido de uso de máscaras. “Hoje é cada um por si e Deus por todos”, disse, Kalil. “O que eu pude fazer é colocar a parte científica na mão deles. E pedi a compreensão de muita higiene, muita fiscalização e uso de máscara.”


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